Classificação científica
Reino Plantae
Divisão Magnoliophyta
Classe Magnoliopsida
Ordem Dilleniales
Família Dilleniaceae
Género Davilla
Espécie D.
rugosa
Nome binomial Davilla
rugosa
O cipó-caboclo (Davilla rugosa - também se
registam os sinónimos botânicos de Davilla brasiliana DC. e Davilla pilosa
Miq.) é uma planta, trepadeira, lenhosa, de tamanho variável.
É nativa do Brasil. É reputada como planta
medicinal, com propriedades depurativas e estimulantes. As suas folhas são
ásperas, com nervuras proeminentes na página inferior.
As flores são amarelo-pálidas, com sépalas de 5
a 6 mm de comprimento e pétalas de 6 a 8 mm. os frutos têm a forma de cápsulas,
inseridas entre duas sépalas internas, de cerca de 7 mm.
Da família das Dileniáceas, também conhecida
como cipó-carijó, trepadeira de casca ligeiramente avermelhada, folhas cobertas
de pelos ásperos, flores miúdas amarelo-pálidas, aromáticas.
De caule áspero, tomentoso, ramos revestidos de
pelos ásperos, folhas alternas, pecioladas, ovais ou elípticas, agudas ou
obtusas, de 8-20cm de comprimento e 4-10cm de largura, inteiras ou serradas
somente na parte superior, às vezes onduladas, sempre ásperas ou rugosas nas
duas páginas e reticuladas na inferior; flores amarelo pálido, pequenas, de l
cm com 5 sépalas glabras (duas cobrindo a cápsula) e 2-5 pétalas, estames
numerosos, dispostas em racimos; o fruto é uma cápsula (folículo) com 1-2
sementes, contém glicosido e tanino e fornece raiz tônica, adstringente,
purgativa e drástica.
Os caules são muito flexíveis e utilizados para
amarrilhos; poderiam talvez substituir o vime, se nisso houvesse qualquer
vantagem. Vegeta em todo o Brasil, pelo menos nos Estados do Pará e da Bahia e
deste ao Estado de Santa Catarina, sendo que neste último é seriamente atacada
pela Licopolis Franciscana, Sacc. e Syd.
Partes utilizadas : Folhas e cascas.
Plantio: Multiplicação: por sementes; Cultivo:
planta brasileira de todo país. Por ser trepadeira necessita de tutoramento ou
plantio próximo às árvores. Prefere solos arenoargilosos, secos e arejados;
Colheita: colhem-se as folhas e ramos na
floração e as raízes a qualquer época.
Habitat: Ocorre nos estados do Sul,
principalmente na Serra do Mar.
História: A Agonia da e reconhecida
tradicionalmente como excelente remédio para mulheres, referindo-se seu nome
aos sintomas associados ao ciclo menstrual;
Princípios ativos: alcaloides: agoniadina,
plumerina; Princípios amargos: Açúcares; Iridoides; Fulvoplumerina; Glicideos;
óleos essenciais: farnessol, citronerol; Ácido plumerico; Plumerideo; Resinas.
Indicações: Empregada como purgante e no
tratamento das doenças venéreas. Planta considerada pelo povo como poderoso
estimulante, depurativo e afrodisíaco, aliás com suspeita de venenosa.
Os ramos são igualmente purgativos e,
sobretudo, diuréticos, também empregados na medicina popular para combater a
icterícia; as folhas, talvez constituindo a parte mais importante, são remédio
de comprovada eficiência contra as orquites de qualquer natureza (abuso
venéreo, consequências de equitação, etc.), sendo ainda úteis nas linfatites,
inchação das pernas, edemacia dos membros, úlceras crônicas, úlceras atônicas;
as sementes têm propriedade emético-catártica violenta.
Ao que se sabe ficou provado que a planta
fresca tem maior efeito curativo; antigamente entrava na composição da
"pomada de Davilla rugosa", preparado farmacêutico que supomos
obsoleto. Também usada no tratamento externo de hemorroidas.
Propriedades medicinais: Indicada como
emenagoga, antiespasmódica, depurativa, antifebril, anti-asmatica,
anti-inflamatória, e purgativa em doses mais altas.
Para casos de irregularidade menstrual,
amenorreia, nas linfanginites, engurgitamento ganglionar, escrófulas, asma
brônquica, fraqueza relacionada a menstruação, histeria, inflamações uterinas,
constipação intestinal e digestão difícil; sem toxidade nas doses recomendadas.
Contraindicações/cuidados: Não utilizar em
crianças. Doses excessivas podem causar diarreia.
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