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terça-feira, 19 de abril de 2016

Catinga de mulata - Tanacetum vulgare




Da família das Compostas, também conhecida como atanásia, atanásia das boticas, erva contra vermes, erva de são marcos, erva dos vermes, erva lombrigueira, palma, tanásia, tasneira e catinga de mulata.

Planta vivaz de caule ereto, folhas divididas em folíolos dentados e aromáticos. Os capítulos florais com flores amarelas e sem lígulas, pode atingir até 70 centímetros de altura, as folhas alternas, possuem corte semelhante a samambaia e tem 15 centímetros de comprimento, flores achatadas, redondas, de um dourado opaco.

Essa planta é facilmente conhecida por causa de sua fragrância acre, mais agradável. Dizem que seu odor afasta formigas e moscas. É uma planta invasora de locais abandonados e é geralmente encontrada nas bordas de estrada e em áreas baldias por todas as regiões de clima temperado na América.

A catinga de mulata é citada como uma erva daninha nociva em várias regiões dos Estados Unidos. A catinga de mulata é uma planta resistente, aromática e perene, que cresce ereta em grandes conjuntos de plantas, e geralmente chegam a 1,5 m de altura, mas ocasionalmente podem chegar até 2m. Suas hastes são lisas e na maior parte sem pelos, frequentemente possui uma cor vermelho púrpura e se ramifica extensivamente na parte superior.

As folhas não possuem pecíolos e crescem alternadamente em torno da haste, com uma forma estreita, em formato de lança e dividida em filículas delicadas, dando uma aparência similar àquela da samambaia.

De julho a outubro as plantas maduras carregam cachos densos de flores pequenas, que são amarelas, assemelham-se a botões e medem aproximadamente 3,5 cm de largura. As sementes são marrons-amareíadas com 5 coroas dentadas curtas.

A planta emite um odor forte quando esmagada, que foi descrito como desagradável. A erva de São Tiago (Senecio jacobea) pode ser distinta da catinga de mulata por suas flores de raio (pétalas), pela ausência de folhas dentadas, e pela longa franja de pelos macios e brancos que reveste as sementes.

Partes Utilizadas - Flores e sementes.

A catinga de mulata é usada extensivamente na medicina tradicional por séculos, apesar de seu conhecido potencial de toxicidade.

Registros do século VIII sobre o uso da erva por Charlemagne e pelos monges Beneditinos suíços para o tratamento de parasitas intestinais, reumatismo, febres, e distúrbios digestivos.

Grandes doses eram usadas para induzir o aborto e inversamente, doses menores para melhorar a fertilidade e prevenir o aborto. Registros medievais também descrevem o tanaceto como um agente culinário usado para substituir a noz-moscada e a canela, e usado também para fazer um chá de gosto amargo.

O pudim de tanaceto era uma iguaria geralmente associada à quaresma. Registros históricos americanos descrevem o uso do tanaceto em sudários e grinaldas fúnebres.

Os índios americanos supostamente usavam-na como um repelente de insetos. O tanaceto tinha um papel nos rituais fúnebres regos. O nome tanásia (um dos nomes comuns da anacetum vulgare) é derivado da palavra grega athanon que significa imortal, talvez devido da natureza duradoura flor ou por causa da sua habilidade de preservar cadáver contra a decomposição.

É encontrada em abundância em locais desabitados, em solo secos e pobre. Existe uma variedade de jardim, cuja as folhas são cortadas em segmentos mais finos e reservados.

É nativa da Europa e foi introduzida na América do Norte, provavelmente para o uso em remédios populares ou como uma planta decorativa.

Propriedades: Vermífuga, emenagoga, anti-helmíntica, estomáquica e anti-inflamatória.

Indicações: Indicado no combate a lombrigas e oxiúros. Provoca e regulariza a menstruação.

Uso pediátrico: Esta erva não é considerada segura para o consumo ou uso humano.

Uso na gestação e na lactação: contraindicação absoluta. Efeitos emenagogos e abortivos foram relatados

Princípios Ativos: Ácido tanásico e essência tanacetona, óleo essencial: mais de 30 quimiotipos - terpenos, beta-jona, tujona, cânfora, isopinocamtona, transcrisantenil-etato, sabineno, acetato de bornil, germacreno D-ictonas sesquiterpénicas: partenolídeo. Flavonas: ipatorina, jaceosidina, apigenina, díosmetina, jaceidina, sosidina e quercetina.

Contraindicações: Gestantes, lactantes, crianças. O ácido tanásico e a tanacetona são tóxicos. Doses excessivas podem causar intoxicações.

As doses devem ser determinadas com grande prudência, pois todo o excesso de consumo provoca uma congestão da região da bacia (órgãos abdominais), com lesões renais e nervosas, inflamação dos órgãos nutricionais e sexuais, vômitos, convulsões, ação vasodilatadora em gestantes, fica presente no leite das lactantes.

A essência da planta, injetada na veia de animais, provoca convulsões semelhantes às da hidrofobia, inflamação no tubo digestivo, podendo resultar em espasmos violentos, paralisia do coração e morte. O óleo pode causar dermatite de contato. Aborto.

Efeitos colaterais: A ingestão da catinga de mulata e seus extratos foi relatada por causar uma toxicidade sistêmica séria em animais e seres humanos. Fatalidades ocorreram.

A exposição prolongada a catinga de mulata pode causar a dermatite de contato. Um extrato da erva é rotineiramente incluído em uma mistura padrão para o teste de alergia a plantas da família Asteraceae.

Uma sensibilidade cruzada forte entre o crisântemo e a catinga de mulata existe. A presença de partenolídeos em ambas as espécies pode ser uma causa possível, enquanto a arbusculina-A e a tanacetina também foram indicadas como agentes de sensibilização.

A prevalência da hipersensibilidade a catinga de mulata foi relatada em 60,6% e 77% em pacientes sensíveis a Asteraceae (aproximadamente 2% da população de pacientes europeus testados).

Os pacientes que apresentam a dermatite de contato podem estar expostos à planta de forma ocupacional (comércio da flor), expostos em seus jardins particulares, ou por meio de cosméticos, sabonetes ou shampoos naturais. Clinicamente, as lesões ocorrem mais frequentemente no rosto, dedos, mãos e antebraço.

Precauções: Esta erva não é considerada segura para o consumo ou uso humano.

O chá também é igualmente fatal. Os sintomas de envenenamento interno da erva incluem o pulso rápido e fraco, gastrite severa, espasmos violentos, convulsões e o sangramento uterino. Medidas de tratamento após a apresentação de sinais de intoxicação incluem lavagem gástrica ou emese.

A tujona é provavelmente responsável pela maior parte da toxicidade associada com a planta. O envenenamento crônico pelo uso prolongado também pode ocorrer.

Posologia: Não há nenhuma evidência clínica para guiar uma dosagem específica da catinga de mulata. O uso clássico do óleo como um vermífugo indica o uso de uma dose de 0,1 g/dia.

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