Classificação científica
Reino: Plantae
Filo: Tracheophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Sapindales
Família: Anacardiaceae
Género: Anacardium
Espécie: A.
occidentale
Nome binomial Anacardium
occidentale
O caju é muitas vezes tido como o fruto do cajueiro
(Anacardium occidentale) quando, na verdade, trata-se de um pseudofruto.
O que entendemos popularmente como "caju" se
constitui de duas partes: o fruto propriamente dito, que é a castanha; e seu
pedúnculo floral, o pseudofruto, um corpo piriforme, amarelo, rosado ou
vermelho.
Foi nos restingais nordestinos onde a família do caju parece
ter evoluído mais (talvez pelas condições de solo e umidade), vide que em
outros biomas os seus primos evolutivos parecem ter uma forma mais acanhada
lembrando até acerolas ácidas e azedas com castanha.
Esse recurso natural era das maiores causas de guerras entre
os Jês e os Tupis, pois durante a época do caju havia uma forte migração
temporária da estepe para os restingais costeiros em busca da colheita (há
registros de governadores neerlandeses que inclusive explicam a toponímia de
muitos rios a partir de eventos relacionados com prisioneiros tapuias dos tupis
oriundos de tais guerras nativas).
Na língua tupi, acaiu (caju) significa noz que se produz.
Na tradição oral sabe-se que acayu ou aca-iu refere-se a
ano, uma vez que os indígenas contavam a idade a cada floração e safra.
O caju, o pseudofruto, é suculento e rico em vitamina C e
ferro. Depois do beneficiamento do caju, preparam-se sucos, mel, doces, como
cajuada, caju passas, rapadura de caju.
Como seu suco fermenta rapidamente, pode ser destilado para
produzir uma aguardente o cauim. Dele também são fabricadas bebidas não
alcoólicas, como a cajuína.
O fruto propriamente dito é duro e oleaginoso, mais
conhecido como "castanha de caju", cuja semente é consumida depois do
fruto ser assado, para remover a casca, ao natural, salgado ou assado com
açúcar.
A extração da amêndoa da castanha de caju depois de seca, é
um processo que exige tempo, método e mão-de-obra.
O método de extração da amêndoa da castanha de caju
utilizado pelos indígenas era a sua torragem direta no fogo, para eliminar o
"Líquido da Castanha de Caju" ou LCC; depois do esfriamento a quebra
da casca para a retirar a amêndoa.
Com a industrialização este método possui mais etapas:
lavagem e umidificação, cozimento, esfriamento, ruptura da casca, estufamento.
A amêndoa da castanha de caju é rica em fibras, proteínas,
minerais (magnésio, ferro, cobre e zinco), vitamina K, vitamina PP, complexo B
(menos a vitamina B12), carboidratos, fósforo, sódio e vários tipos de
aminoácidos.
Castanha de caju
No entanto, a castanha de caju não possui quantidades
relevantes de vitamina A, vitamina D e cálcio. Acredita-se que a castanha do
caju contribua no combate às doenças cardíacas. A castanha-de-caju ainda verde
(maturi) também pode ser usada nos pratos quentes.
A castanha possui uma casca dupla contendo a toxina Urushiol
(também encontrada na hera venenosa), um alergênico que irrita a pele. Por isso
a castanha deve ter sua casca removida através de um processo que causa
dolorosas rachaduras nas mãos.
A castanha também possui ácido anacárdico, potente contra
bactérias gram-positivas como Staphylococcus aureus e Streptococcus mutans, que
provoca cáries dentárias.
O "Líquido da Castanha de Caju" ou LCC, depois de
beneficiado é utilizado em resinas; materiais de fricção; em lonas de freio e o
outros produtos derivados; vernizes; detergentes industriais; inseticidas;
fungicidas e até biodiesel.
Benefícios do caju
Fortalece o sistema imunológico e tem efeito antioxidante no
corpo devido a sua alta concentração de vitamina C, chegando a ser cinco vezes
mais rica desta vitamina do que a laranja.
Devido as presenças demasiadas de licopeno e beta caroteno,
o caju auxilia na prevenção do câncer de próstata e pulmão, havendo inclusive
estudos que pretendem comprovar o uso da fruta no tratamento a câncer de mama e
boca.
Por ser rico em fibras, o caju ajuda no funcionamento do
intestino e ajuda também a controlar a saciedade, que é de extrema importância
para aqueles que necessitam perder peso.
Se misturado o seu suco ao chá de carqueja, estes irão agir
na limpeza do organismo e melhor digestão
A sua castanha possui ácido anacárdico que tem propriedades
fortes contra germes e bactérias. Também auxiliando na amenização de dores
dentárias, úlceras e lepra.
A polpa do caju é bastante recomendada no tratamento de
casos reumáticos e problemas de pele, agindo como depurativo e tônico.
Também possui gorduras monoinsaturadas que protegem o
coração e reduzem o nível elevado de triglicérides, sendo de valia para pessoas
portadoras de doenças cardíacas e diabéticos.
Para aftas: aplicar sobre o local suco dos brotos de folhas
da árvore do caju.
Para feridas e agindo como antissépticos: Fazer cataplasma
com os brotos das folhas do cajueiro. Apenas o faça se não houver inflamações e
coágulos sanguíneos no local.
Para calos e verrugas: Fazer cataplasma três vezes ao dia
com suco de castanhas frescas
Para dor de dente, lepra e psoríase: Fazer aplicação com
óleo de castanha de caju. Cuidado com o seu manuseio devido a presença de ácido
anacárdico.
Para gripe: Ingestão de suco de caju sem açúcar.
Reumatismo: Consumir refeição composta exclusivamente por
caju no período de dois a três dias.
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