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quinta-feira, 7 de abril de 2016

Caju - Anacardium occidentale



Classificação científica

Reino: Plantae

Filo:     Tracheophyta

Classe:            Magnoliopsida

Ordem:           Sapindales

Família:           Anacardiaceae

Género:           Anacardium

Espécie:          A. occidentale

Nome binomial          Anacardium occidentale

O caju é muitas vezes tido como o fruto do cajueiro (Anacardium occidentale) quando, na verdade, trata-se de um pseudofruto.

O que entendemos popularmente como "caju" se constitui de duas partes: o fruto propriamente dito, que é a castanha; e seu pedúnculo floral, o pseudofruto, um corpo piriforme, amarelo, rosado ou vermelho.

Foi nos restingais nordestinos onde a família do caju parece ter evoluído mais (talvez pelas condições de solo e umidade), vide que em outros biomas os seus primos evolutivos parecem ter uma forma mais acanhada lembrando até acerolas ácidas e azedas com castanha.

Esse recurso natural era das maiores causas de guerras entre os Jês e os Tupis, pois durante a época do caju havia uma forte migração temporária da estepe para os restingais costeiros em busca da colheita (há registros de governadores neerlandeses que inclusive explicam a toponímia de muitos rios a partir de eventos relacionados com prisioneiros tapuias dos tupis oriundos de tais guerras nativas).

Na língua tupi, acaiu (caju) significa noz que se produz.

Na tradição oral sabe-se que acayu ou aca-iu refere-se a ano, uma vez que os indígenas contavam a idade a cada floração e safra.

O caju, o pseudofruto, é suculento e rico em vitamina C e ferro. Depois do beneficiamento do caju, preparam-se sucos, mel, doces, como cajuada, caju passas, rapadura de caju.

Como seu suco fermenta rapidamente, pode ser destilado para produzir uma aguardente o cauim. Dele também são fabricadas bebidas não alcoólicas, como a cajuína.

O fruto propriamente dito é duro e oleaginoso, mais conhecido como "castanha de caju", cuja semente é consumida depois do fruto ser assado, para remover a casca, ao natural, salgado ou assado com açúcar.

A extração da amêndoa da castanha de caju depois de seca, é um processo que exige tempo, método e mão-de-obra.

O método de extração da amêndoa da castanha de caju utilizado pelos indígenas era a sua torragem direta no fogo, para eliminar o "Líquido da Castanha de Caju" ou LCC; depois do esfriamento a quebra da casca para a retirar a amêndoa.

Com a industrialização este método possui mais etapas: lavagem e umidificação, cozimento, esfriamento, ruptura da casca, estufamento.



A amêndoa da castanha de caju é rica em fibras, proteínas, minerais (magnésio, ferro, cobre e zinco), vitamina K, vitamina PP, complexo B (menos a vitamina B12), carboidratos, fósforo, sódio e vários tipos de aminoácidos.

Castanha de caju

No entanto, a castanha de caju não possui quantidades relevantes de vitamina A, vitamina D e cálcio. Acredita-se que a castanha do caju contribua no combate às doenças cardíacas. A castanha-de-caju ainda verde (maturi) também pode ser usada nos pratos quentes.

A castanha possui uma casca dupla contendo a toxina Urushiol (também encontrada na hera venenosa), um alergênico que irrita a pele. Por isso a castanha deve ter sua casca removida através de um processo que causa dolorosas rachaduras nas mãos.

A castanha também possui ácido anacárdico, potente contra bactérias gram-positivas como Staphylococcus aureus e Streptococcus mutans, que provoca cáries dentárias.

O "Líquido da Castanha de Caju" ou LCC, depois de beneficiado é utilizado em resinas; materiais de fricção; em lonas de freio e o outros produtos derivados; vernizes; detergentes industriais; inseticidas; fungicidas e até biodiesel.

Benefícios do caju

Fortalece o sistema imunológico e tem efeito antioxidante no corpo devido a sua alta concentração de vitamina C, chegando a ser cinco vezes mais rica desta vitamina do que a laranja.

Devido as presenças demasiadas de licopeno e beta caroteno, o caju auxilia na prevenção do câncer de próstata e pulmão, havendo inclusive estudos que pretendem comprovar o uso da fruta no tratamento a câncer de mama e boca.

Por ser rico em fibras, o caju ajuda no funcionamento do intestino e ajuda também a controlar a saciedade, que é de extrema importância para aqueles que necessitam perder peso.

Se misturado o seu suco ao chá de carqueja, estes irão agir na limpeza do organismo e melhor digestão

A sua castanha possui ácido anacárdico que tem propriedades fortes contra germes e bactérias. Também auxiliando na amenização de dores dentárias, úlceras e lepra.

A polpa do caju é bastante recomendada no tratamento de casos reumáticos e problemas de pele, agindo como depurativo e tônico.

Também possui gorduras monoinsaturadas que protegem o coração e reduzem o nível elevado de triglicérides, sendo de valia para pessoas portadoras de doenças cardíacas e diabéticos.

Para aftas: aplicar sobre o local suco dos brotos de folhas da árvore do caju.

Para feridas e agindo como antissépticos: Fazer cataplasma com os brotos das folhas do cajueiro. Apenas o faça se não houver inflamações e coágulos sanguíneos no local.

Para calos e verrugas: Fazer cataplasma três vezes ao dia com suco de castanhas frescas

Para dor de dente, lepra e psoríase: Fazer aplicação com óleo de castanha de caju. Cuidado com o seu manuseio devido a presença de ácido anacárdico.

Para gripe: Ingestão de suco de caju sem açúcar.

Reumatismo: Consumir refeição composta exclusivamente por caju no período de dois a três dias.


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