Barbatimão-verdadeiro
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Fabales
Família: Fabaceae
Género: Stryphnodendron
Nome binomial Stryphnodendron
adstringens
O barbatimão-verdadeiro, ou ainda barba-de-timão,
casca-da-virgindade ou apenas barbatimão é uma espécie de planta pertencente à
família Fabaceae, é uma árvore pequena, hermafrodita, decídua, de tronco
tortuosos e cada rugosa espessa e de cor clara.
As folhas são alternadas, compostas bipinadas com cerca de
cinco a oito pares de pinas, os folíolos são arredondados e ovalados. Seus
frutos são vagens grossas, carnosas de cor castanho-claras com muitas sementes
de cor parda, a floração é em setembro.
É nativa do cerrado brasileiro encontrada em vários estados
brasileiros como: Minas Gerais, Goiás, Bahia, São Paulo, Mato Grosso e MS, em
outros estados em menor quantidade. É tóxica para bovinos e herbívoros em geral.
É de especial interesse pela indústria do couro por conter
tanino. Por conter tanino, observou-se como tendo grande potencial de utilização
para produção de painéis compensados sem que necessite da associação com o
adesivo fenol-formaldeído.
Uso medicinal
O barbatimão é uma das plantas medicinais mais usadas no
Brasil o que tem incentivado vários estudos. Um estudo de 2007 concluiu que o
extrato de barbatimão tem efeito de reduzir a sensação da dor.
O extrato hidroalcoólico de barbatimão apresentou atividade
contra cepas de Staphylococcus aureus o que pode ser uma alternativa para o
tratamento de infecções causadas por estes microrganismos.
Pode atuar como neutralizante de picaduras da cobra Bothrops
pauloensis.
As cascas do caule atribui-se ação adstringente e
anti-séptica, sendo usadas na forma de decocto, por via oral, em casos de
blenorreia, hemorragias, úlceras e uretrites.
Externamente pode ser usada no tratamento de feridas
ulcerosas e pele oleosa. Por sua propriedade adstringente e estíptica, a planta
é conhecida como "casca da virgindade".
O extrato alcoólico da casca do caule é recomendado para
tratar inflamações de garganta, diarreia, corrimento vaginal.
Contra a calvície costuma-se usar o macerado de folhas em
água, com cascas e raízes picadas diretamente no local. Outras propriedades
atribuídas a planta pela medicina popular são: cicatrizante, hemostático, no
tratamento de feridas, contra diarreias e para "limpar" o útero após
o parto.
O creme feito a partir do extrato de Stryphnodendron
adstringens está registrado na ANVISA no Formulário de Fitoterápicos
Farmacopeia Brasileira.
O barbatimão (Stryphnodendron adstringens (Mart.) Coville,
Leguminosae) é uma planta do cerrado brasileiro rica em taninos, muito usada
por indígenas para o preparo de tinturas para pele.
Além de suas propriedades medicinais, entre elas
antifúngica, anti-inflamatória, antibacteriana, cicatrizante, etc., a planta
também é empregada na construção civil; na produção de sabão, substituindo a soda
cáustica; e também no curtume de couro, utilizando-se os taninos da casca.
A árvore era muito procurada por prostitutas, já que serve
para o tratamento de corrimentos vaginais e outros problemas dessa ordem. O
nome da planta teve origem numa expressão indígena que significa “a árvore que
aperta”, em virtude de suas propriedades adstringentes.
Barbatimão
(NOMES POPULARES: barba-de-timan; casca-da-mocidade;
casca-da-virgindade; iba-timão; ibatimô; chorãozinho-roxo.
Também é usada na fabricação de sabonetes medicinais, muito
utilizados em tratamentos para a psoríase e outras doenças de pele.
Indicações do barbatimão
Há evidências científicas que apontam que extratos das
cascas de barbatimão apresentam as seguintes indicações:
Antidiabético (hipoglicemiante);
Anti-hemorrágico;
Antibacteriano;
Antidiarreico;
Antisséptico;
Depurativo;
Coagulante sanguíneo;
As sementes e vagens não devem ser usadas por gestantes,
tendo em vista que estudos científicos realizados em camundongos verificaram
que o extrato dessas partes da planta pode ser abortivo e/ou prejudicar a
gestação.
Chás da casca, mesmo sem contraindicações, não devem ser
ingeridos por gestantes e lactantes sem a supervisão do seu médico.
Há um ditado popular que diz que “tudo que é natural não faz
mal”. Essa afirmação não é 100% verdadeira. Embora chás, tinturas e outras
formas de uso do barbatimão sejam consideradas naturais (isto é, derivados da
planta), há uma série de substâncias químicas extraídas da planta que podem
exercer efeitos nocivos a longo prazo.
Portanto, não é recomendado o uso contínuo e prolongado
desses chás e extratos, tendo em vista que podem surgir efeitos colaterais
indesejados. Caso isso ocorra, interrompa imediatamente o consumo e procure um
médico.
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