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quarta-feira, 6 de abril de 2016

Argania - Argania spinosa



Classificação científica

Reino: Plantae

Clado: angiospérmicas

Clado: eudicotiledóneas

Clado: asterídeas

Ordem:           Ericales

Família:           Sapotaceae

Género:           Argania

Argania spinosa é uma espécie de planta endémica dos desertos calcários do sudoeste de Marrocos na região histórica do Souss. É a única espécie do género Argania (em português designado como "argão", "argânia", argan ou " argã"), sendo muito apreciado o seu óleo, que tem uso medicinal, cosmético e culinário.

Cultivo

Em Marrocos, as florestas de Argania cobrem atualmente cerca de 8.280 km² e foram designadas como parte da Reserva da Biosfera pela UNESCO.

Mas essa área foi reduzida a aproximadamente a metade nos últimos 100 anos, devido à produção de carvão, aumento das áreas de pastagem e à agricultura cada vez mais intensiva.

Apesar de haver uma esperança de conservação dessas árvores em razão do recente florescimento do mercado de exportação do valorizado óleo de argan, a riqueza trazida pelo óleo criou outra ameaça para as árvores: o aumento da população de cabras.

Os camponeses locais têm usado o dinheiro obtido com a venda do óleo de argan para adquirir mais cabras; estas prejudicam o crescimento das árvores pois se alimentam das suas folhas e frutos.

O argan também está sendo cultivado em Israel - na Arava e no Negev.

Há gerações a sobrevivência dos berberes está diretamente ligada ao cultivo das argânias, sendo que essas árvores servem como barreira à desertificação.

Entre as árvores, os berberes cultivam trigo, pastoreiam cabras e recolhem os frutos que caem durante o verão dos quais é extraído o óleo de argan.

No entanto, as virtudes desses frutos, recentemente descobertas por grandes empresas de cosméticos, provocaram uma exploração descontrolada, que ameaça a floresta e a vida dos camponeses da região. A agricultura familiar, a argânia e a criação de animais constituem os três recursos tradicionais dos camponeses berberes do Souss.

A árvore é de pequena estatura, geralmente entre 8 e 10 metros de altura. Ela produz pequenas folhas verdes e frutas, que são comidas por cabras e colhidas por grupos de mulheres berberes há séculos.

É dentro desse fruto verde que o óleo de Argan é encontrado. A árvore de Argan pode viver até 200 anos, e que faz delas um dos recursos naturais mais preciosos no Marrocos.

O fruto da árvore Argânia pode ser utilizado para fins cosméticos ou culinária (para preparar o óleo para uso culinário, tem de ser torrado). A pele verde da fruta é descascada, bem como a carne do fruto, para revelar o núcleo duro do centro.

Este núcleo precisa ser rompido, para se obter uma pequena quantidade de óleo, que é cuidadosamente reservado. Este é um processo difícil, e leva uma média de 16 horas de trabalho e 40 kg de frutas para produzir um único litro de óleo de argan. A fruta da argânia tem um gosto ruim, mas as cabras locais, apreciam.

Hoje, a árvore de Argânia sofre com a invasão do deserto e da prática ambientalmente desastrosa da tomada de carvão vegetal e cultivo agressivo que reduziu significativamente a quantidade de árvores.

A árvore, que agora é encontrada em apenas pouco mais de 8.000 quilômetros quadrados de terra, foi nomeada como Reserva da Biosfera pela UNESCO. Em outras palavras, é ameaçada, e a maior parte do dano ambiental foi recente.

O óleo de argan é um extrato retirado das nozes da planta Argania spinosa, encontrada apenas no Marrocos. Inclusive, há séculos os marroquinos já usam esse óleo para o tratamento dos cabelos, uso que foi descoberto recentemente pelo resto do mundo. Como essa planta não é encontrada em outros lugares, esse óleo é extremamente raro.

O óleo é produzido de forma manual, primeiro retirando a polpa das nozes e deixando-as ao sol para secarem, depois são utilizadas pedras para abrir as nozes secas para que as sementes possam ser removidas, em seguida, elas são levemente tostadas e o óleo é retirado.

Indicações do óleo de argan

O óleo de argan inicial era muito indicado para os cabelos, mas recentemente descobriu-se também sua eficácia para o tratamento da pele. Confira os benefícios que ele traz para cada um deles:

Cabelos

O óleo de argan ajuda em problemas como o frizz e controle de fios rebeldes. Isso acontece porque os cabelos normalmente têm carga elétrica negativa por causa da queratina, mas essa é a principal causa de fios arrepiados.

Porém, os óleos vegetais encampam os fios, fazendo com que a carga negativa escorregue para as pontas, diminuindo o atrito e deixando os fios com aspecto saudável e maleável.

Além disso, ele é um tratamento natural: seus antioxidantes e vitaminas melhoram a elasticidade dos fios, dão um brilho luminoso e ajudam a renovar os cabelos contra danos causados pelo calor, vento, oxidação ou excesso de escova e química.

Por essa ação contra elementos que causam tensão nos cabelos, ele é muito indicado em xampus para cabelos afro ou ressecados.

Entre os nutrientes do óleo de argan, encontramos o tocoferol, ácido fenólico, carotenos e ácidos graxos essenciais. Inclusive, de acordo com uma publicação feita na Universidade de Mohammed V em Agdal no Marrocos no Journal of Alternative Medicine Review, o óleo de argan tem 80% de gorduras insaturadas e tem três vezes mais vitamina E do que qualquer outro óleo vegetal, o que o ajuda a nutrir melhor os cabelos, sendo útil para cabelos secos e quebradiços, reduzindo as pontas duplas, além de proteger de danos térmicos.

Ele também é benéfico para cabelos coloridos, pois ajuda a manter a cor dos cabelos coloridos por mais tempo e, de acordo com um estudo recente publicado no renomado Journal of Cosmetics, Dermatological Sciences and Applications, mostrou que o óleo de argan é capaz de proteger os fios contra os danos causados por tinturas e realçar o brilho e a maciez.

Apesar de hidratante, ele também é indicado para fios oleosos, pois é absorvido rapidamente e não deixa resíduos que favoreçam a oleosidade, desde que não seja utilizado em grandes quantidades, pois assim pode obstruir o bulbo capilar.

Pele

O óleo de argan, apesar de ter ficado famoso pelo seu uso nos cabelos, também tem se tornado conhecido para cuidados com a pele.

Sua hidratação permite que a pele absorva melhor nutrientes e também em efeitos anti-envelhecimento (por propriedades antioxidantes como os nutrientes saponinas e vitamina E), anti-inflamatórios e cicatrizantes. Pode ser usado no tratamento de fissuras mamárias, durante a amamentação, também como hidratante.

Ele possui um nutriente chamado esqualeno, que é um agente emoliente e umectante em formulações cosméticas. Depois de usado o esqualeno é estocado nos tecidos epiteliais, o que garante alta taxa de proteção para a pele contra radicais livres, efeito antoxidante e, portanto, auxilia na prevenção do envelhecimento da pele. Também pode ter efeito protetor contra o câncer de pele.

Por ser um óleo muito raro, é preciso tomar cuidado para não ser enganado na hora da compra. O óleo precisa ser certificado, para que não haja risco de ele estar diluído em outros óleos ou então de ele ter passado por um processo errado de refinamento ou maturação, não assegurando que todos os fitonutrientes do óleo estarão presentes neste produto.

Cuidados depois de usar o óleo de argan

No geral, deve-se evitar exposição excessiva dos fios ao sol, evitar umidade, não usar produtos que removam o brilho dos fios como mousses e sprays, pois após um tratamento com óleo de argan, os fios ficam com aspecto sedoso e com brilho.

Caso você tenha usado o óleo puro nos fios, o ideal é não usar chapinha ou secador, pois isso pode fritar os cabelos e danificá-los. Só o use para proteger os fios se for misturado em algum creme finalizador. E apenas depois da chapinha ou do secador, você pode aplicar o óleo puro, para reparar os danos causados nos fios.

O óleo de argan não é perigoso para a pele, é apenas importante continuar com a proteção solar diária normalmente e lavar diariamente o rosto com sabonete apropriado para não obstruir os poros da pele.

Contraindicações

O óleo puro nos fios nos fios deve ser evitado por pessoas com cabelos muito oleosos, pois isso pode deixar os cabelos pesados e com aspecto mais oleoso, com menos volume. Neste caso, recomenda-se usá-lo combinado a shampoos, condicionadores ou máscaras, apenas algumas gotinhas, em pouca quantidade.

Pessoas que tem a pele muito oleosa devem tomar cuidado com o uso de grandes quantidade de óleo de argan. Existe um estudo que mostra que tem um efeito redutor de oleosidade, mas deve-se tomar cuidado com o uso puro em grandes quantidades em peles oleosas ou acneicas, pois em excesso ele pode obstruir os poros.

Algumas pessoas acreditam que o óleo de argan pode colorir cabelos loiros ou muito claros. Na verdade, apenas o calor e produtos com coloração podem ter esse efeito no fio. Como o óleo de argan puro é incolor, não há esse risco. Porém, cabe tomar cuidado com produtos mais coloridos.




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