Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Angiospermas
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Lamiales
Família: Lamiaceae
Género: Lavandula
Espécie: L.
angustifolia
Nome binomial Lavandula
angustifolia
A alfazema ou lavanda é uma planta aromática por natureza,
usada na indústria cosmética para a confecção de perfumes, sabonetes e
colônias. Sendo também um leve calmante, no Brasil se destaca o uso ritual
dessa erva em terreiros de umbanda e candomblé.
Descrição
Planta ornamental e aromática da família das Lamiaceae,
conhecida como Lavanda no mundo inteiro, no Brasil é mais conhecida como
alfazema, trata-se de é um arbusto de flores azul violetas, com cheiro
penetrante e aromático, é facilmente identificada pelo seu aroma fresco e
limpo, extremamente agradável. Porém o gênero Lavândula também incluindo outras
espécies anuais e os subarbustos.
Arbusto de pequeno porte, que atinge de 30 a 80 centímetros
de altura, com caule esgalhado e estirado. As folhas pequenas e sem pecíolo,
são duras e finas, opostas, lanceoladas ou lineares, de cor verde e reflexos
preteados, recobertas por uma fina penugem.
As flores são dispostas em hastes terminais, de coloração
azul violeta.
As espécies ornamentais são a Lavândula stoechas, a
Lavândula dentata, e a Lavândula multífida.
A alfazema combina beleza e utilidade, um aroma delicado com
um ótimo uso terapêutico, e um grau de segurança excepcional. As flores secas e
o óleo essencial reanimam os sentidos e merecem integrar a caixa de primeiros
socorros. Não admira que a alfazema seja tão popular.
O Plantio da lavanda.
Multiplicação: por sementes e estacas (mudas); sendo muito
exigente quanto ao solo.
Cultivo: planta de clima subtropical. Planta-se as mudas em
solos ricos em húmus, porém, com pouca umidade. O espaçamento ideal é de 50 cm
por 1 m;
Colheita: retira-se as espigas quando as flores se abrirem.
As folhas também são colhidas, na época da floração.
Conservação: As espigas e as folhas devem ser secas à sombra
e em local ventilado, acondicionando-as em sacos de papel bem fechados, ou
ainda produzindo farelo das folhas secas e acondicionando-o em pote de vidro
hermeticamente fechado.
São originarias da região mediterrânea, porém lavandas
nativas são encontradas nas Ilhas Canárias, norte e oeste da África, sul da
Europa, Arábia e Índia. Atualmente os maiores produtores de lavanda são a
Bulgária, França, Grã-Bretanha, Austrália e Rússia.
A lavanda é usada na medicina popular há muito tempo e sob
várias condições médicas, que variam da acne à enxaqueca. O óleo essencial da
lavanda (do latim "lavare", "lavar") já era utilizado pelos
romanos para lavar roupa, tomar banho, aromatizar ambientes e como produto
curativo.
De acordo com a história, ela foi inicialmente batizada
pelos gregos com o nome de "nardus", em alusão à sua origem ligada a
Naarda, uma cidadezinha na Síria, perto da região do Rio Eufrates. Sua fama
espalhou-se rapidamente pela Europa e foi ela a principal precursora do
desenvolvimento e da expansão da arte da perfumaria e cosmética.
Na medicina popular o seu principal uso é contra a ansiedade
e depressão. É um ansiolítico leve, usado como calmante e para distúrbios do
sono.
Abatimento, abscessos, acne, amenorreia, anúria, apoplexia,
artrite, asfixia, asma, atonia dos nervos encéfalo raquidianos, baço, bronquite,
catarro, cefalalgia, congestão linfática, contusão, depressão, dermatites,
desmaio, dispepsia flatulenta, doença respiratória (asma, bronquite, catarro,
gripe), dores reumáticas, eczemas, enjoo, enxaqueca, epilepsia, espasmo,
estômago, feridas, fígado, fraqueza cardíaca, gases, gota, gripe, inapetência,
limpa/amacia/acalma a pele, insônia, leucorreia, náuseas, nervosismo, neurose
cardíaca, paralisia, pediculose, perturbação gástrica, picada de inseto,
problemas menstruais, pressão alta, problemas circulatórios, psoríase,
queimadura, resfriado, reumatismo, síncopes, sinusite, tensão nervosa e
muscular, tinha, tosse, vertigem.
Farmacologia
Ansiedade, irritabilidade, dores de cabeça: Ansiedade e
tensão são palavras-chave para a alfazema, cujas propriedades calmantes acalmam
a hiperatividade nervosa, dores de cabeça ligadas ao stress e enxaquecas. E
possível que reduza o risco de ataques e convulsões.
Conjuga-se bem com o alecrim (Rosmarinus oficinalis) para
aliviar o esgotamento nervoso e melhorar a circulação. Com uma ação sedativa
ligeira e uma ação antidepressiva, é adequada para quando o desânimo e a falta
de vitalidade resultam de um período prolongado de preocupação ou atividade
excessiva.
Dificuldade em dormir: Quer seja usada em óleo essencial
(algumas gotas num queimador ou usadas numa massagem), em flores secas (numa
almofada de ervas), ou em tintura (uma colher de chá antes de deitar), a
alfazema melhora a qualidade do sono. Conjuga-se bem com outros remédios
naturais para dormir, como a passiflora (Passiftora incarnata) e a cidreira
(Melissa officinalis).
Alívio de dores localizadas e relaxamento: Pode aplicar óleo
de alfazema na pele em quase todas as situações que impliquem dor. Use-o para
massajar feridas de herpes, articulações reumáticas, a bochecha sobrejacente a
um dente que dói. Ou a testa e as fontes para a enxaqueca. Enfiar um pedaço de
algodão com umas gotas de óleo no ouvido alivia dores de ouvidos ligeiras.
A tintura e a tisana têm uma ação sistêmica, ajudando a
relaxar, músculos tensos e doridos. Nas dores menstruais, tomar a tintura ou a
tisana e massajar o baixo-ventre com o óleo pode dar alívio rapidamente.
O chá das flores é muito usado no combate à dor de cabeça e
nevralgias. É indicada ainda nos casos de insônia, bronquite crônica, asma
brônquica, astenia, vertigens, cólicas, flatulência, dispepsia, inapetência e
nervosismo. O chá de alfazema, alivia problemas digestivos e de mau hálito.
Taninos, cumarina, princípio amargo, saponinas e óleo
volátil (linalol), com o perfume característico de alfazema.
Aromaterapia
Ralaxante, anti-stress, regenerador da pele, combate rugas.
Cuidados no uso da alfazema.
Efeitos colaterais
A lavanda e o óleo de lavandina não são irritantes nem
sensibilizantes à pele humana.
Precauções
A lavanda causa sonolência. 3 relatórios descrevem casos de
dermatite de contato alérgica causada pelo óleo essencial e a fragrância da
lavanda.
Toxicologia
Em doses altas pode ser depressiva do sistema nervoso,
causando sonolência.
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