Classificação científica
Reino Plantae
Divisão Magnoliophyta
Classe Magnoliopsida
Ordem Fabales
Família Fabaceae
Subfamília Faboideae
Género Medicago
Espécie M.
sativa
Nome binomial Medicago
sativa
Medicago sativa L., conhecida pelos nomes comuns de luzerna
e alfafa, é uma leguminosa perene, pertencente à família Fabaceae e subfamília
Faboideae, amplamente utilizada como alimento para ruminantes em regiões de
clima temperado e seco. O nome alfafa significa em árabe "O melhor
alimento".
A alfafa parece ter se originado no centro-sul da Ásia, e
foi cultivada pela primeira vez na Pérsia. Foi introduzida na Grécia por volta
de 490 a.C. quando persas invadiram, como forragem para gado e cavalos do
exército, e de lá na Itália no século I.
Alfafa é um legume de folhagem perene que normalmente vive
quatro a oito anos, mas podem viver mais de 20 anos, dependendo da variedade e
clima.
A planta cresce a uma altura de até 1 m (3 pés), e possui um
sistema radicular profundo, por vezes mais do que o alongamento de 15m (49
pés).
Isto a torna muito resistente, especialmente às secas.
Possui genoma tetraplóide.
A alfafa é muito nutritiva, apresentando importantes
qualidades como forrageira: proteína bruta = 22 a 25%, cálcio = 1,6%, fósforo =
0,26% e NDT = 60%, níveis muito superiores aos de outras fontes de alimentos
habitualmente utilizados (milho, cana-de-açúcar e capim-elefante)
Esta planta apresenta autotoxicidade, o que significa que é
difícil para sementes de alfafa crescerem em locais onde a alfafa já existe.
Portanto, é recomendado que os campos de alfafa sofram a
rotação de culturas com outras espécies (por exemplo, milho ou trigo) antes de
ressemeaduras.
A Alfafa é um dos aliados da medicina natural contra os
problemas causados pelo colesterol ruim, o LDL, como comprovam estudos de
laboratórios com animais.
Mais usada para alimentar os animais, a luzerna também é
nutritiva para o ser humano, contendo níveis apreciáveis de proteínas, cálcio,
magnésio, vitaminas C, E e K, e betacaroteno.
Tem sido usada sobretudo como suplemento alimentar para a
debilidade e a convalescença, estimulando o apetite e o aumento de peso.
Herbácea que atinge até 80 cm de altura, com raízes, rizoma
e caule compridos, de folhas ovais e dentadas, suas flores são amarelas ou
violetas, pequenas e dispostas em cachos.
Origem
Ásia Menor e no Cáucaso.
Indicações
Analgésico, diurético (frutos) e antiespasmódico.
Redução de colesterol
Resultados de estudos em animais: Vários estudos indicam que
a ingestão da alfafa reduz absorção de colesterol e a formação de placas
ateroscleróticas em animais.
Em um estudo, a habilidade de alfafa em reduzir a acumulação
de colesterol hepático em ratos alimentados com colesterol, foi aumentada com a
remoção das saponinas presentes na alfafa.
Em um estudo em cães-da-pradaria, a menor incidência de
pedra de colesterol na vesícula biliar foi obtida com uma dieta rica em fibras
(85% alfafa).
Em um estudo com 15 pacientes, sementes de alfafa
adicionadas na dieta ajudaram a normalizar a concentração do colesterol no
sangue de pacientes com hiperlipoprotenemia tipo II.
Cholestaid - produto disponível nos Estados Unidos que
contém 900 mg de Esterina processada e patenteada do extraio de alfafa, com
100mg de ácido cítrico, reclama que neutraliza o colesterol no estomago antes
que este chegue ao fígado, assim facilitando a excreção do colesterol sem
nenhum efeito colateral ou toxicidade. Não existe nenhuma evidência que a
canavaina ou seus produtos metabólicos afetam os níveis de colesterol.
A alfafa e a anorexia.
A infusão e os rebentos de luzerna fornecem nutrientes de
boa qualidade e fáceis de absorver, sobretudo se tomados a médio prazo. Estão
indicados para falta de apetite, convalescença, incapacidade de ganhar peso e
anorexia nervosa.
A alfafa e os sintomas da menopausa
A luzerna é um alimento útil durante a menopausa. Ao
contrário da soja, não inibe a absorção de minerais, como o ferro e o cálcio.
Contém isoflavonas estrogênicas por isso, começou recentemente a ser usada para
sintomas da menopausa, sobretudo combinada com a sálvia.
Princípios Ativos
Rica em betacaroteno, vitaminas C, D, E e K; cálcio,
sapogenol de soja, hederagenina, ácido medicagenico, potássio e ferro.
Contraindicações
Crianças, idosos e pessoas com sistema imunológico
comprometido devem evitar a ingestão de brotos alfafa devido à contaminação
bacteriana frequente dos mesmos, a não ser que o produtor seja confiável e
tenha certificação orgânica.
Efeitos colaterais
Sementes e broto de alfafa de origem duvidosa pedem ser
contaminados com bactérias como Salmonete entérica e Escherichia coli.
Interação medicamentosa: A vitamina K encontrada na alfafa
pode antagonizar o efeito coagulante da warfarina, resultando na redução do
tempo de protrombina.
É possível que a alfafa também interfira na atividade
imunossupressora de corticosteroides (prednisona ou ciclosporina).
Alfafa
Benefícios da Alfafa para a saúde.
A atividade hemolítica e anticolesterol das folhas e broto
de alfafa é atribuída a uma saponina esteroidal composta de vários fatores
(sapogenol de soja, hederagenina, ácido medicagenico).
A semente de alfafa contém o aminoácido tóxico,
L-canavanina, análogo a arginina. Alguns brotos de alfafa podem conter até
13g/kg de canavanine (peso seco). A quantidade de canavanina diminui com a
idade da planta.
Os alcaloides estaquidrina e l-estaquidrina encontrados na
semente da alfafa, possuem atividades emenagoga e lactogenica. As sementes da
alfafa contem até 11% de um óleo secante usado na preparação de tintas e
vernizes.
Foram observadas mudanças na morfologia celular do intestino
de ratos que foram alimentados com alfafa. Estes efeitos foram mais extensivos
em animais que ingeriram a planta inteira do os que comeram somente o broto da
alfafa.
Acredita-se que a interação da saponina com o colesterol na
membrana plasmática é apenas parcialmente responsável pelas mudanças celulares
observadas.
A mudança em morfologia celular quando acompanhadas com
mudanças na excreção de esteroides pode relacionar-se com um aumento na
susceptibilidade de câncer de cólon.
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