Espécie do Cerrado
O baru ou cumbaru (nome científico: Dipteryx alata) é o
fruto do baruzeiro, imperiosa árvore nativa do Cerrado brasileiro.
Infelizmente, esta espécie está ameaçada devido à extração predatória de
madeira, que possui reconhecida resistência e qualidade, com propriedades
fungicidas.
Esta planta imponente, com copa densa, pode alcançar mais de
20 metros de altura e seu tronco chega até 70 cm de diâmetro.
O seu fruto é protegido por uma dura casca e, no interior,
encontra-se uma amêndoa de sabor parecido com o do amendoim, de alto valor
nutricional e muito apreciada.
A espécie é encontrada nas matas, cerrados e cerradões do
Brasil Central, nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas
Gerais e Distrito Federal.
Pode também ser encontrada em menor frequência no Maranhão,
Tocantins, Pará, Rondônia, Bahia, Piauí e norte de São Paulo.
O baru possui cerca de 26% de teor de proteínas, mais do que
o coco-da-bahia, castanha do Pará e castanha de caju. O fruto pode ser
utilizado integralmente, resultando em polpas de fruta, óleos, farinha,
manteiga e tortas.
A ele são associadas propriedades afrodisíacas. Também são
conferidas ao óleo de baru propriedades medicinais antirreumáticas.
A polpa dos frutos, quando maduros e em períodos de seca,
complementa a dieta dos animais devido às suas propriedades nutricionais.
A amêndoa presente no interior do baru pode ser consumida in
natura, mas também pode ser torrada para a produção de paçoca, pé-de-moleque e
rapadura e utilizada em uma infinidade de receitas.
A extração da amêndoa do baru requer cuidado especial, que
se inicia com a seleção dos frutos. Como a casca é muito dura, sua quebra para
obtenção da amêndoa inteira requer técnicas de corte transversal ou por pressão
mecânica.
Depois, realiza-se a seleção das amêndoas – as podres são
utilizadas como adubo, as machucadas servem para a produção da farinha, etc.
As amêndoas inteiras são, então, separadas por tamanho e
armazenadas por até 30 dias para serem consumidas in natura ou torradas.
A casca da amêndoa também pode ser usada para a produção de
carvão ou mesmo utilizada em substituição à brita em calçamento, devido à sua
resistência.
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