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sábado, 26 de março de 2016

Baru - Dipteryx alata



Espécie do Cerrado

O baru ou cumbaru (nome científico: Dipteryx alata) é o fruto do baruzeiro, imperiosa árvore nativa do Cerrado brasileiro. Infelizmente, esta espécie está ameaçada devido à extração predatória de madeira, que possui reconhecida resistência e qualidade, com propriedades fungicidas.

Esta planta imponente, com copa densa, pode alcançar mais de 20 metros de altura e seu tronco chega até 70 cm de diâmetro.

O seu fruto é protegido por uma dura casca e, no interior, encontra-se uma amêndoa de sabor parecido com o do amendoim, de alto valor nutricional e muito apreciada.

A espécie é encontrada nas matas, cerrados e cerradões do Brasil Central, nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Minas Gerais e Distrito Federal.

Pode também ser encontrada em menor frequência no Maranhão, Tocantins, Pará, Rondônia, Bahia, Piauí e norte de São Paulo.

O baru possui cerca de 26% de teor de proteínas, mais do que o coco-da-bahia, castanha do Pará e castanha de caju. O fruto pode ser utilizado integralmente, resultando em polpas de fruta, óleos, farinha, manteiga e tortas.

A ele são associadas propriedades afrodisíacas. Também são conferidas ao óleo de baru propriedades medicinais antirreumáticas.

A polpa dos frutos, quando maduros e em períodos de seca, complementa a dieta dos animais devido às suas propriedades nutricionais.

A amêndoa presente no interior do baru pode ser consumida in natura, mas também pode ser torrada para a produção de paçoca, pé-de-moleque e rapadura e utilizada em uma infinidade de receitas.

A extração da amêndoa do baru requer cuidado especial, que se inicia com a seleção dos frutos. Como a casca é muito dura, sua quebra para obtenção da amêndoa inteira requer técnicas de corte transversal ou por pressão mecânica.

Depois, realiza-se a seleção das amêndoas – as podres são utilizadas como adubo, as machucadas servem para a produção da farinha, etc.

As amêndoas inteiras são, então, separadas por tamanho e armazenadas por até 30 dias para serem consumidas in natura ou torradas. 

A casca da amêndoa também pode ser usada para a produção de carvão ou mesmo utilizada em substituição à brita em calçamento, devido à sua resistência.


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