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quarta-feira, 23 de março de 2016

Achachairu - Garcinia humilis





Essa frutífera originária da Bolívia pertence ao gênero Garcinia (ex-Rheedia), cujo parente mais famoso é o mangostão (Garcinia mangostana L.), originado no trópico asiático.

O consumo no Brasil ainda é muito pequeno, haja vista a pouca disponibilidade no mercado e o pouco conhecimento da população sobre ela.

Porém algumas empresas apostam no sucesso desta fruta no mercado nacional e vêm investimento em desenvolvimento e produção.

Os frutos têm massa média de 30g e são globoso-oblongos, semelhantes a uma nêspera, com diâmetros transversais e longitudinais de 35,8mm e 45,2mm respectivamente.

A base peduncular do fruto é estreita e a calicinal mais larga. São amarelo-alaranjados, com casca grossa (3,53mm), lisa, firme e resistente; internamente a casca é creme-palha.

A polpa, não aderente à casca, é branca, suculenta e de textura mucilaginosa, representando 1/3 da massa média do fruto, sendo que após retirada dos frutos se oxida rapidamente.

O sabor, que lembra um pouco ao do araçá, é bem agradável e adocicado, com o Brix 15 e acidez pH próxima a 4,0.  As sementes desuniformes, de 1 a 3 por fruto, são esbranquiçadas, alongadas (2,6 x 1,2cm) e grandes.

Normalmente, há apenas uma semente por fruto, com massa de 4,29g, sendo as demais chochas. Testes de germinação indicaram que as sementes iniciam a emissão da radícula após 30 dias sob ambiente controlado de estufa B.O.D.

No nordeste brasileiro, a maturação dos frutos ocorre em fevereiro a abril, sendo esses bastante resistentes ao transporte e de boa conservação em geladeira comum.

No Brasil, o achachairú é pouco conhecido e, ás vezes, confundido pelo público leigo com frutas de outras espécies, como o bacupari, bacuripari e bacurizinho.

Segundo a literatura especializada, a família do achachairú (Clusiaceae) é composta por trinta e um gêneros e sessenta e duas espécies.

São espécies de grande importância para a indústria farmacêutica, uma vez que dos frutos e folhas são extraídas algumas substâncias químicas como biflavanóides e benzofenonas.

As substâncias químicas isoladas dos frutos ou folhas possuem atividades imunotóxicas e anti-inflamatórias e potencial antioxidante anticancerígeno.

Na medicina popular, os frutos e folhas são utilizados como cicatrizantes, digestivos e laxantes e em tratamentos de reumatismo, úlcera gástrica, inflamação.

Algumas pesquisas já vêm sendo desenvolvidas no Brasil, visando o desenvolvimento de técnicas de permitam o cultivo desta fruta comercialmente.


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