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sábado, 6 de fevereiro de 2016

Physalis - Physalis angulata

Ela é delicada e tão linda que chega a ser decorativa. A physalis é fonte de vitaminas A e C, além de ser rica também em fósforo, ferro, carotenoides e flavonoides.  
 
Além de nutritiva, tem grande valor terapêutico, pois possui uma substância chamada fisalina, que atua como anti-inflamatório no organismo.

Usada na medicina popular e consumida in natura ou como ingrediente de receitas culinárias, a fruta tem potencial para gerar lucro ao pequeno e médio produtor. A physalis é uma fruta bem interessante: considerada exótica, é encontrada no mercado a preços elevados, mas, apesar disso, no Norte e Nordeste do nosso país ela é comum nos quintais e chamada por nomes bem brasileiros: camapum, joá-de-capote, saco-de-bode, bucho-de-rã, bate-testa e mata-fome.

Essa variedade nativa é a Physalis angulata, da família das Solanáceas, a mesma do tomate, da batata, do pimentão e das pimentas. Originária da Amazônica e dos Andes, a physalis possui variedades cultivadas na América, Europa e Ásia.

Na Colômbia, é conhecida como uchuva e no Japão, como hosuki. É uma planta arbustiva, que pode chegar aos dois metros de altura. As frutas são delicadas, pequenas e redondas, com coloração que vai do amarelo ao alaranjado, envolvidas por uma folha fina e seca, em forma de balão. 
 
Com sabor doce, levemente ácido, a physalis é consumida ao natural e usada na preparação de doces, geleias, sorvetes, bombons e em molhos de saladas e carnes. É rica em vitaminas A, C, fósforo e ferro, além de alcaloides e flavonoides.



Num país de enormes proporções como o Brasil, não é de se estranhar que algumas plantas sejam conhecidas por nomes regionais diferentes. Mas, às vezes, também acontece o inverso: plantas distintas partilhando um único apelido. 
 
Quando isso ocorre, só mesmo o nome científico para evitar confusões. É assim com o juá, que tanto pode designar a saborosa Physalis angulata quanto a tóxica Solanum mammosum - não por acaso, também chamada de juá-bravo. Talvez isso explique o porquê de a primeira ter se imposto no mercado com sua denominação científica.

A physalis (lê-se fisális) é uma fruta comestível da família das solanáceas, a mesma do tomate, da berinjela, da batata e do pimentão. Ela também é conhecida como camapum, saco-de-bode, mulaca, joá e joá-de-capote. 
 
Pequena, redonda e de cor verde, amarela, laranja ou vermelha, nasce em arbusto de caule ereto e ramificado - que pode atingir até 2,5 metros de altura quando tutorado. Em seu desenvolvimento, a physalis fica dentro de um casulo feito de folha fina e em formato de cálice. Cada planta produz de um a três quilos de frutos, que aparecem quatro ou cinco meses após o plantio.



Rica em vitaminas A e C, fósforo e ferro, além de conter flavonoides, alcaloides e fito esteroides, a physalis tem, ao mesmo tempo, sabor doce e ácido. Mais consumida in natura, ela também é ingrediente para molhos, compotas, doces, geleias, sorvetes e licores. Folhas, frutos e raízes são usados na medicina popular para combater diabetes, reumatismo crônico, doenças de pele, da bexiga e do fígado.

Usada na culinária e dotada de componentes que beneficiam a saúde, a fruta é considerada uma ótima alternativa de plantio, que pode render lucros ao pequeno e médio produtor. A embalagem de 80 gramas de physalis importada custa de 8 a 10 reais no varejo paulista. Seu comércio é bastante explorado na Colômbia, um dos locais apontados como sendo de origem da fruteira - também há indicações de que ela seja proveniente da Amazônia.

De ciclo rápido e rústico, pode ser plantada em qualquer época do ano e se adapta bem ao clima quente, embora tenha tolerância a ambientes frios. Mas a planta não gosta de excesso de umidade e é vulnerável a doenças fúngicas. Também é recomendada a adoção de métodos de prevenção contra pragas como broca pequena, tripes e ácaros.

Curiosidades sobre a Physalis
  • No Brasil, a variedade nativa é a Physalis angulata
  • No Japão, existe variedade de cor vermelha chamada hosuki. Lá, anualmente, acontece a Festa do Hosuki
  • As variedades capsicifolia, esquirolii, lanceifolia, linkiana e ramosissima encontram-se espalhadas pela América, Europa e Ásia
  • Apesar de ser bastante rústica e exigir poucos cuidados, é imprescindível o controle de insetos a partir da floração
  • Utilizando-se o tutoramento, como nos plantios de tomate ou pimentão, é possível obter uma produção maior em menos tempo
  • A physalis também é utilizada como tira-gosto em degustações de vinho
  • Na Austrália, a physalis rende uma conserva fina exportada para vários países
  • Em Paris é servida em restaurantes elegantes, coberta com chocolate
  • Estudos científicos recentes estão revelando que a planta apresenta forte atividade como estimulante imunológico e efeito antiviral contra os vírus da gripe e herpes. Contém alto teor de vitaminas A, C, fósforo e ferro, além de flavonoides, alcaloides, fito esteroides, alguns recém descobertos pela ciência
  • A physalis é rica em carotenoides. Os carotenoides estão na lista dos compostos bio-ativos considerados funcionais, ou seja, aqueles capazes de prevenir doenças. São corantes naturais capazes de afastar males como cegueira noturna, catarata e até câncer
  • A fruta também pode ser encontrada no comércio em forma liofilizada em cápsulas

Raio X
  • Solo: areno-argiloso com muita matéria orgânica e pH entre 5,5 e 6
  • Clima: tropical e subtropical, mas tolera bem o frio
  • Área mínima: um hectare para plantio comercial 
  • Plantio: qualquer época do ano 
  • Custo: R$ 225 o kit com 500 sementes, apostila e livro sobre a fruta


Colheita: a partir de 120 dias depois do plantio das sementes; pode estender-se por um período de por seis ou oito meses. Cada planta produz até três quilos de frutas.

Mãos à obra


Início - Adquira sementes para começar a produção de physalis. A fruta não é muito exigente em cuidados, mas há no mercado uma apostila com orientações técnicas de cultivo que oferece instruções para iniciantes na atividade (confira em Mais Informações).

Plantio - Pode ser realizado o ano inteiro, com preparação e correções do solo a partir de uma análise inicial das condições do terreno. O solo deve contar com bastante matéria orgânica e pH entre 5,5 e 6. Antes, faça o plantio em bandejas de isopor com 128 células, copos de plástico de 300 mililitros ou saquinhos de polietileno de 13 x 13 centímetros. Coloque uma semente em cada célula, que deve contar com substrato próprio para hortaliças. A germinação sob sombreamento de 30% leva de dez a 20 dias para ocorrer.

Transplante - Com entre 20 e 30 centímetros de altura, transfira as mudas para o local definitivo. Plante-as em duplas, lado a lado, e com distância de 30 centímetros entre uma e outra. Quando atingirem cerca de 80 centímetros de altura, faça o tutoramento com técnicas semelhantes às indicadas para o tomateiro.

Tutoramento - Acomode um bambu ou outra estaca com dois metros de altura entre as plantas, fixando-as com barbante, para dar firmeza até o fim da produção. A fruteira pode chegar a 2,5 metros de altura.

Espaçamento - São indicadas as medidas de 0,8 metro de distância entre plantas e entre 1,80 e 2 metros entre linhas.

Cuidados - Em períodos de muita umidade, aplique calda bordalesa na proporção de 1% a cada 15 dias para evitar o ataque de doenças fúngicas. No caso de combate a pragas, como broca pequena, tripes e ácaros, faça pulverizações a cada oito ou dez dias, principalmente após a colheita. Os defensivos podem ser adquiridos em lojas de produtos agropecuários, com orientação de engenheiros agrônomos, e usados na dose recomendada pelo fabricante. Para a irrigação das plantas, indica-se o sistema de gotejamento.

Produção - Começa entre quatro e cinco meses após o plantio e chega a durar de seis a oito meses. Cada planta produz de um a três quilos de frutos, volume que depende do trato cultural realizado durante o desenvolvimento da physalis. Em um hectare podem ser instaladas de 6 mil a 12 mil plantas.

Cultivo


A physalis é uma planta rústica, que exige poucos cuidados, e que até agora não apresentou uma doença significativa que possa ser grande ameaça ao cultivo. Desenvolve-se bem em regiões quentes, de clima tropical e subtropical, mas tolera bem o frio.

Antes de plantar, é aconselhável realizar análise de solo, que deve ser preparado com as mesmas recomendações para o cultivo do tomate. Os melhores solos são os areno-argilosos e pouco ácidos. A semeadura é feita em bandejas de isopor com 128 células, copos plásticos ou saquinhos de polietileno, com substrato para hortaliças, usando-se uma semente por célula, copo ou saquinho. A germinação se dá em cerca de 20 dias.



Quando as plantinhas estiverem com mais ou menos 20 centímetros de altura podem ser transferidas para o local definitivo. Plantam-se grupos de quatro mudas, distantes 30 centímetros uma da outra, em forma de quadrado (uma planta em cada canto). 
 
No centro, coloca-se uma vara de bambu ou madeira com cerca de dois metros de altura, para que as plantas sejam amarradas até o final da produção. O espaçamento entre as linhas é de dois metros. A colheita começa quatro meses depois do plantio e estende-se por seis ou oito meses. Cada planta produz até três quilos de frutas.

Bela, saborosa e medicinal

Seu lado medicinal não deixa a desejar: é conhecida por purificar o sangue, fortalecer o sistema imunológico, aliviar dores de garganta e ajudar a diminuir as taxas de colesterol. A população nativa da Amazônia utiliza os frutos, folhas e raízes no combate à diabetes, reumatismo, doenças da pele, bexiga, rins e fígado.

A planta tem sido estudada também por fornecer um poderoso instrumento para controlar o sistema de defesa do organismo, diminuindo a rejeição em transplantes e atacando alergias. Pesquisadores da Fiocruz (Fundação Oswaldo Cruz) da Bahia identificaram substâncias com esse potencial na Physalis angulata e já solicitaram patente sobre o uso delas. 
 
Testadas por enquanto em camundongos, espera-se que as fisalinas (chamadas de B, F e G) tenham um efeito tão bom quanto o das substâncias usadas hoje para controlar o sistema imune, mas com menos efeitos colaterais, quando forem usadas em pacientes humanos.

"Em geral, ela é usada na forma de chá ou infusão", diz Milena Soares, pesquisadora da Fiocruz. A erva cresce na América Latina e na África, e as moléculas que produz, as fisalinas, atraíram a atenção dos cientistas porque pertencem ao grupo dos corticosteroides, usados hoje para controlar o sistema imune. "Essas substâncias já tinham sido descritas, mas nós fomos os primeiros a estudar suas propriedades", conta Soares.

O trabalho foi publicado na revista científica "European Journal of Pharmacology". Se for comprovado que as substâncias causam menos efeitos colaterais, a pesquisadora diz que os pacientes com o sistema imune hiperativo seriam poupados de inchaços ou da diminuição da produção de células do sangue na medula óssea, causada pelos medicamentos utilizados hoje. (www.sciencedirect.com/science/).

A frutinha exótica que ajuda a emagrecer

Há algumas frutas exóticas, geralmente não tão conhecidas, que fazem um bem enorme à saúde. A physalis, também conhecida como juá, é uma delas. Esta bonita e delicada fruta traz muitos benefícios à saúde, inclusive auxiliando nos processos de emagrecimento, por apresentar riqueza de água, vitaminas, fibras e minerais em sua composição.

Originária do Amazonas, a physalis possui um sabor doce, levemente ácido e possui poucas calorias, sendo que 100 gramas da fruta contêm apenas 50 calorias. A fruta é pequena, amarelada e envolta em folhas. Por desenvolver-se em um ciclo rápido, a physalis pode ser plantada em qualquer época do ano. 
 
Inicialmente, o cultivo desta fruta era voltado apenas à pesquisa, depois começou a sua produção no sul do estado de Minas Gerais, na região sul do estado de Santa Catarina e, mais tarde, no estado do Rio Grande do Sul.

Propriedades e benefícios

A physalis é rica em vitaminas A, C, fósforo, ferro, carotenoides e flavonoides. Devido às suas propriedades, a physalis purifica o sangue, fortalece o sistema imunológico, alivia dores de garganta e ajuda a diminuir as taxas de colesterol. A fruta possui elevado poder antioxidante, evitando a formação dos radicais livres no organismo, protegendo-o de doenças.

Ela ajuda a emagrecer?

A physalis pode ser utilizada como uma aliada em dietas de emagrecimento, mas lembre-se que, para eliminar os quilinhos extras de forma saudável, é necessário aliar uma alimentação saudável e balanceada à prática de exercícios físicos.

Por ser rica em fibras, a physalis ajuda a regular o funcionamento do intestino e a diminuir o apetite, dando a sensação de saciedade, auxiliando, assim, no processo de emagrecimento.

Os benefícios trazidos por suas propriedades não param por aí: além de nutritiva, a physalis tem poder terapêutico, devido a presença de uma substância denominada fisalina, que atua como anti-inflamatório.

Modos de consumir

A fruta pode ser consumida em sua versão natural (basta colocar as folhas que a protegem para trás e morder a fruta), assim como também pode ser utilizada na preparação de geleias, sorvetes e molhos para saladas.



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