Classificação científica
Reino: Fungi
Filo: Ascomycota
Classe: Pezizomycetes
Ordem: Pezizales
Família: Morchellaceae
Género: Verpa
Espécie: V.
bohemica
Nome binomial Verpa
bohemica
(Krombh.) J. Schröt.
Verpa bohemica é uma espécie de fungos sapróbicos da família
Morchellaceae. Pode ser reconhecida no campo pelo seu chapéu enrugado em forma
de dedal de cor amarela ou castanha pálida ligado ao topo do estipe
ligeiramente colorido; a sua caraterística distintiva são os seus esporos
relativamente grandes, tipicamente medindo 60–80 por 15–18 µm.
Apesar de amplamente consumido, o seu consumo não é
geralmente aconselhado devido a relatos de intoxicação em indivíduos
suscetíveis. O sinónimo Ptychoverpa bohemica é frequentemente usado pelos
micólogos europeus.
O chapéu do fungo (tecnicamente um apotécio) tem 2 a 4 cm de
diâmetro por 2 a 5 cm de comprimento, com forma de sino ou cónica. Apresenta-se
dobrado em cristas longitudinais que muitas vezes se fundem (anastomose) numa rede
"venosa".
O chapéu liga-se ao caule apenas no topo deste - pendurado
no topo do estipe, com a orla lobada afastada do pé - e variando em cor do
castanho-amarelado ao castanho-avermelhado; a face inferior do chapéu é pálida.
O caule tem 6 a 12 cm de comprimento por 1 a 2,5 cm de
espessura, é esbranquiçado, e afunila em direção ao topo de modo que o pé é
mais grosso na base do que no topo. Embora o caule esteja inicialmente algo
preenchido com hifas algodoadas, ele torna-se eventualmente oco ao atingir a
maturidade; de forma global, o cogumelo é bastante frágil.
A esporada é amarela. A carne é branca; o sabor e o odor
desta espécie têm sido descritos como "agradáveis".
Em comparação com outras espécies típicas de cogumelos, os
esporos de V. bohemica são enormes, medindo tipicamente 60–80 por 15–18 µm; são
elípticos, lisos, por vezes curvos, e de aparência hialina a amarelada; os
esporos não contêm gotículas de óleo. Os esporos "enormes",
geralmente dois (mais raramente três) por asco, são caraterísticos desta
espécie.
Os indivíduos desta espécie crescem isolados ou dispersos no
solo em bosques no início da primavera, frequentemente antes do surgimento dos
Morchella, mas desenvolvendo-se durante a época de frutificação destes últimos.
São frequentemente encontrados ao longo das margens de rios,
próximo de choupos e salgueiros, muitas vezes enterrados em detritos vegetais.
Um estudo dos quocientes isotópicos de carbono e nitrogénio
sugere que Verpa bohemica é sapróbico, isto é, obtém os nutrientes a partir da
matéria orgânica em decomposição. V. bohemica tem uma distribuição ampla por
toda a América do Norte, e é também encontrado na Europa.
Um estudo sobre a distribuição, tempo de frutificação e
habitats de populações de Verpa e Morchella feito no Iowa ao longo de dez anos,
mostrou que as espécies de Verpa são as primeiras a frutificar na primavera,
pouco depois das folhas das árvores decíduas começarem a formar-se. Morchella
angusticeps frutifica a seguir, seguido de Morchella esculenta e por fim
Morchella crassipes.
A comestibilidade desta espécie é questionável; embora Verpa
bohemica seja comido por muitos, existem relatos de que a ingestão de grandes
quantidades numa só refeição, ou em dias sucessivos, pode causar intoxicação em
indivíduos suscetíveis.
Os sintomas incluem transtorno gastrointestinal e falta de
coordenação muscular, similares aos efeitos relatados por alguns indivíduos
após o consumo de Gyromitra esculenta.
Aqueles que realmente queiram consumir esta espécie são frequentemente
aconselhados a escaldar os cogumelos em muita água (descartando-a), ou a secar
os espécimes antes de os comer.
Verpa conica, uma espécie estreitamente relacionada,
apresenta tipicamente o chapéu liso, embora sejam conhecidos espécimes com chapéus
enrugados.
Outra espécie semelhante é Morchella semilibera, a qual tem
um chapéu com aspecto de favo o qual está unido ao caule ao longo de cerca de
metade do comprimento deste, com cristas que são mais escuras do que as covas.
Adicionalmente, visto em corte transversal, o caule de um
espécime de M. semilibera é oco, branco, enquanto o de V. bohemica tem
geralmente feixes algodoados no interior. Verpa bohemica pode ser distinguido
das espécies semelhantes de forma fiável pelos seus esporos de maior tamanho.
Verpa
bohemica is mistakenly called the "early morel" in some areas. It
appears very early in the spring, and continues fruiting during the true morel
season. It bears a resemblance to the half-free morels, Morchella populiphila
and Morchella punctipes, but the half-free morels are exactly
that--half-free--while Verpa bohemica has a cap that hangs completely free of
the stem, attached only at the top.
Another way
to separate the two mushrooms is to cut them open; the half-free morels are
hollow, while Verpa bohemica usually has cotton-candy-like wisps of flesh
inside. On close inspection, the verpa has a cap that is (usually) different,
as well; it tends to look wrinkled, rather than pitted (though old specimens
can develop a decidedly "pitted" look).
Ecology:
Probably mycorrhizal; found under hardwoods (and sometimes under conifers) in
early spring; widely distributed throughout northern North America.
Cap: 1-5
cm; nearly conical or irregular to bell shaped; wrinkled longitudinally,
occasionally appearing pitted; tan to brown to dark yellow brown; underside
pale.
Stem: 6-15
cm long; 0.5-3 cm thick; more or less equal; sometimes tapered upwards or
downwards; creamy white, sometimes tinged with brown shades, frequently with
darker granules forming belts of color.
Flesh:
Thin; the cap and stem are hollow, or loosely stuffed with wispy fibers (like
cotton candy) in the stem.
Odor and
Taste: Not distinctive.
Microscopic
Features: Spores 45-87 x 15-22 µ; smooth; elongated-elliptical; sometimes slightly
curved; without oil droplets. Asci 2-spored. Paraphyses cylindric; septate; 5-8
µ wide; with rounded apices.
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