Classificação
científica
Domínio: Eukaryota
Reino: Chromalveolata
Classe: Phaeophyceae
Ordem: Fucales
Família: Sargassaceae
Géneros Sargassum
Sargassum C.
Agardh é um gênero de algas castanhas (divisão Phaeophyta) com distribuição
tropical e subtropical em todos os oceanos.
Os taxa Sargassum
cymosum var. cymosum, S. cymosum var. nanum, S. filipendula,S. furcatum, S.
hystrix, S. platycarpum, S. polyceratium, S. ramifolium, S. stenophyllum e S.
vulgare são exemplos deste género na flora do Brasil.
Representantes
deste gênero crescem sobre rochas, preferencialmente em locais não expostos a
forte batimento de ondas, na região infralitoral e na franja da região
sub-infralitoral.
Em condições
ambientais favoráveis, especialmente em locais não submetidos à poluição por
esgoto doméstico e derivados do petróleo, podem formar bancos densos, com
dossel de mais de 50 cm de altura (em outras regiões biogeográficas, os bancos
de Sargassum podem ser mais desenvolvidos, com mais de 1,0 m de altura) e
biomassa expressiva.
A morfologia
desta alga parda é complexa, se comparada a outras macroalgas, possuindo o
corpo dividido em partes distintas: uma parte de fixação, chamada de
apressório; ramos cilíndricos curtos, que crescem a partir do apressório;
destes ramos cilíndricos diferenciam-se outros ramos mais longos (ramos
laterais), que possuem porções achatadas similares a folhas, estruturas para a
reprodução sexuada oogâmica (receptáculos) e vesículas pequenas cheias de ar.
Apressório e
ramos cilíndricos podem sobreviver por mais de um ano, crescendo continuamente
(espécies perenes). Os ramos laterais, após se alongarem, se tornam férteis,
produzindo gametas masculinos flagelados, que são liberados na água do mar, e
gametas femininos, que são mantidos na superfície dos receptáculos, envoltos
por uma massa de mucilagem, e ali são fecundados.
Após o pico de
reprodução, os ramos laterais se tornam enfraquecidos, senescentes, e são
facilmente destacados da planta (fragmentação).
Algumas espécies,
como Sargassum natans e Sargassum fluitans, formam bancos flutuantes na
superfície do mar, longe da costa (mar de Sargaços), graças à grande quantidade
de vesículas de ar em seus ramos laterais.
Estas espécies
perderam a capacidade de reprodução sexuada se reproduzem apenas por fragmentação:
ou seja, pequenos ramos se destacam de ramos maiores e continuam crescendo.
Este gênero, bem
como outros gêneros da ordem Fucales, tem importância ecológica por seu papel
na formação de habitats, onde vivem diversos grupos de invertebrados.
Devido à sua
sensibilidade às alterações da qualidade da água do mar, espécies de Sargassum
vêm sendo empregadas como espécies indicadoras, em estudos de impacto ambiental
e em monitoramentos ambientais de longo prazo.
Em Portugal, no
início do século XXI, apareceu a espécie Sargassum muticum, originária do
Japão. Esta espécie invasora possui elevada capacidade de dispersão, tendo sido
introduzida acidentalmente em outras partes do mundo, onde vem alterando a
estrutura das comunidades bentônicas.
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