Classificação
científica
(sem classif.) Supergrupo SAR
Filo: Heterokontophyta
Classe: Phaeophyceae
Ordem: Fucales
Família: Durvillaeaceae
Género: Durvillaea
Nome binomial Durvillaea antarctica
(Chamisso) Hariot
Durvillaea
antarctica, a planta do mar, o cochayuyo, cachiyuyo, cochaguasca, cochahuasca,
ou coyofe, é uma alga castanha comestível rica em iodo que habita na costa dos
mares sub-antárcticos, em Chile, Nova Zelândia e o oceano Atlântico Sul. O seu
nome rende homenagem ao explorador francês Jules Dumont d'Urville (1790-1842).
Trata-se de uma
alga de grande tamanho que pode chegar a atingir os 15 metros de longitude.
Seus filoides ("folhas"), também chamadas como toda a planta, são de
cor castanho verdoso quando estão no mar e castanho roxo após de secar, têm
consistência carnosa e seu interior é uma estrutura de panal que lhes dá grande
resistência para suportar o embate da ondulação.
Seu cauloide
("talo") é circular e não tem espaços cheios de ar, sua cor é verde
claro e mede ao redor de um metro de longo até o nascimento do primeiro
filoide. O disco basal ou rizoide é uma estrutura muito forte que se adere às
rochas na zona da rompente, pelo que deve ser capaz de resistir o golpe
contínuo das ondas sem se desprender do substrato.
Por uma parte,
esta alga tem dois nomes de origem quíchua: cochayuyo, qhutra yuyu, «planta de
mar», e cochaguasca ou cochahuasca, qhutra waska, «soga de mar», que lhe foi
dado pelo parecido que tem com as cordas.
Por outra parte,
também recebe nomes de origem mapuche: "coyofe" é uma adaptação da
voz original kollof, que designa suas filoides.
Na zona central e
sul de Chile os cauloides são chamados "ulte" (ou
"huilte"), nos arredores de Valdivia recebem o nome de
"lunfo" (do termo lüngfo ou lenfü) e em Chiloé chamam
"lembo" ou "raguay" a esta estrutura junto com o disco
basal, nome que se lhe aplicava humorísticamente ao pene por seu parecido em
forma e constituição. Já velha, esta alga é chamada müngo.
Esta alga tem
sido um dos recursos alimentares de comunidades indígenas americanas durante
séculos e hoje em dia faz parte da gastronomia chilena.
Em Chile tem-se
extraído desde a costa e secado em pacotes que, graças a seu baixo peso, eram
trocados no interior do país. Existem muitos pratos chilenos que usam esta
alga, fazendo parte de guisados, saladas, pastéis e sopas, fabricando-se
inclusive uma "marmelada de cochayuyo", com sabor de frutas.
No entanto, nos
últimos anos seu consumo tem diminuído. Aos alimentos que contêm esta alga, são
atribuidos efeitos digestivos e tónicos.
No passado
usava-se para que os bebés que estavam a desenvolver os dentes a mordessem.
Mesmo assim, os
mapuche obtinham dos talos um colorante castanho muito escuro para tender suas
teias.
Actualmente,
existe um gel de planta do mar, em fase experimental, que serve como sustrato
nutritivo para conseguir que sementes de plantas colonizem terrenos pobres e
que se usou para criar pasto sobre o sub-solo que fica ao descoberto após
construir caminhos.
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