Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Vitales
Família: Vitaceae
Género: Vitis
A uva é o fruto da videira (Vitis sp.), uma planta da família das Vitaceae. É utilizada frequentemente para produzir sumo, doce (geleia), vinho e passas, podendo também ser consumida ao natural.
Entre as espécies de videiras podemos referir:
Vitis vinifera, o tipo de videira mais frequente na produção do vinho, na Europa;
Vitis labrusca, espécie norte-americana, utilizada na produção de sumo, uva de mesa e, algumas vezes, vinho;
Vitis riparia, tipo de videira bravio norte-americano, usado, às vezes, para produzir vinho;
Vitis rotundifolia, uva muscadínea, usada para doces e, por vezes, vinho;
Vitis aestivalis, em que a variedade Norton é usada para fabricar vinho.
A videira, vinha ou parreira é uma trepadeira da família das vitáceas, com tronco retorcido, ramos flexíveis, folhas grandes e repartidas em cinco lóbulos pontiagudos, flores esverdeadas em ramos, e cujo fruto é a uva. Originária da Eurásia, a videira é cultivada em todas as regiões de clima temperado.
O cultivo da videira para a produção de vinho é uma das atividades mais antigas da civilização. Evidências indicam o cultivo da videira para a produção de vinho na região do Egito e da Ásia Menor durante o período neolítico, ao mesmo tempo em que a humanidade, instalada em colônias permanentes, começou a cultivar alimentos e criar gado, além de produzir cerâmica.
O cultivo da uva começou cerca de 6.000 a 8.000 anos atrás, no Oriente Médio.[2] A levedura, um dos primeiros microorganismos conhecidos pelo homem, ocorre naturalmente na casca das uvas, levando a produção de bebidas alcoólicas, como o vinho.
Os primeiros vestígios de vinho tinto são vistos na Armênia antiga, onde foi encontrada a adega mais antiga do mundo, datando de cerca de 4.000 a.C.. Por volta do Século IX, a cidade de Shiraz era conhecido por produzir um dos melhores vinhos do Oriente Médio.
Assim, tem sido proposto que o nome do vinho tinto de Syrah possui origens em Shiraz, uma cidade na Pérsia, onde a uva foi usada para fazer vinho Shirazi. Hieróglifos no Antigo Egito recordam o cultivo de uvas, e a história atesta também que povos antigos da Grécia, Fenícia e Roma também cultivavam uvas para a alimentação e produção de vinho.
Mais tarde, o cultivo de uvas se espalhou pela Europa, norte da África e, finalmente, América do Norte. Uvas pertencentes ao gênero Vitis proliferaram naturalmente nas selvas da América do Norte, e foram parte da dieta de muitos nativos americanos, mas foram considerados pelos colonizadores europeus como impróprio para a produção de vinho.
No Brasil o cultivo da videira começou em 1535, na Capitania de São Vicente trazida pelos portugueses. A imigração italiana em São Paulo e na Região Sul do Brasil no final do século XIX deu um grande impulso à cultura.
São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Pernambuco e Bahia são grandes produtores. As melhores épocas de produção variam com as características climáticas de cada região.
As uvas crescem em cachos de 15 a 300 frutos, e podem ser vermelhas, pretas, azul-escuras, amarelas, verdes, laranjas e rosas. "Uvas brancas" são naturalmente de cor verde, e são evolutivamente derivados da uva roxa.
Mutações em dois genes reguladores de uvas brancas desativam a produção de antocianinas, que são responsáveis pela cor púrpura das uvas. As antocianinas e outros polifenóis são responsáveis pelo vários tons, que variam de roxo a vermelho.
Os frutos também podem ser usados na fabricação de vários produtos, como geleias, sucos, sorvetes e refrigerantes, e sua casca pode ser usada para fabricar panetone.
Na Bíblia, as uvas são mencionadas pela primeira vez quando Noé cultiva-os em sua fazenda (Gênesis 9:20-21). Referências sobre o vinho são feitas no livro de Provérbios (20:1) e no livro de Isaías (5:1-25). Deuteronômio (18:3-5, 14:22-27, 16:13-15) relata o uso do vinho durante festas judaicas.
Uvas também foram significativas para ambos gregos e romanos, e seu deus da agricultura, Dionísio, estava ligado às uvas e do vinho, sendo frequentemente retratado com folhas de uva em sua cabeça.
As uvas são especialmente simbólicas para os cristãos, que desde o início da Igreja faz o uso do vinho na celebração da Eucaristia.
Pontos de vista sobre o significado do vinho variam entre denominações. Na arte cristã, muitas vezes as uvas representam o sangue de Cristo.
Informação Nutricional
Quantidade por 100 gramas
Calorias 67
Gorduras Totais 0,4 g
Gorduras Saturadas 0,1 g
Gorduras Poliinsaturadas 0,1 g
Gorduras Monoinsaturadas 0 g
Colesterol 0 mg
Sódio 2 mg
Potássio 191 mg
Carboidratos 17 g
Fibra Alimentar 0,9 g
Açúcar 16 g
Proteínas 0,6 g
Vitamina A 100 IU Vitamina C 4 mg
Cálcio 14 mg Ferro 0,3 mg
Vitamina D 0 IU Vitamina B6 0,1 mg
Vitamina B12 0 µg Magnésio 5 mg
A uva, além de uma fruta muito saborosa, é altamente recomendada para a saúde, já que contém boa fonte de propriedades nutricionais, como a vitamina C e vitaminas do complexo B.
Como sabemos, a uva é usada na fabricação de vinhos e sucos. Tanto no vinho como no suco são encontrados dois elementos: o resveratrol (que eliminam plaquetas causadoras de coágulos que pode entupir as artérias) e flavonóides, que são oxidantes e inibem o envelhecimento das células.
A uva - tanto as vermelhas, roxas ou pretas - é boa para o coração, funciona como diurético e como laxante natural, atuando contra alguns problemas do intestino. A casca da uva aumenta o colesterol HDL (colesterol bom) e a uva verde tem poderes antivirais e antibacterianos.
A melhor maneira de usufruir das suas propriedades é utilizar em sua forma natural. Assim é possível aproveitar o potássio, o cálcio, o magnésio e os minerais que ela contém. Com tantos benefícios, a poderosa fruta ainda contribui para a longevidade.
Tanto a uva verde quanto a roxa são excelentes para a saúde. Dependendo dos benefícios que queremos obter, ou as qualidades que queremos potencializar, devemos escolher uma ou a outra.
Os benefícios das uvas para a saúde são muito variados. Estas frutas deliciosas escondem em suas pequenas sementes todo um tesouro de doçura e benefícios os quais vale a pena conhecer.
Elas são efetivas na prevenção do câncer, para combater a fadiga, doenças renais etc. E suas propriedades podem variar segundo o tipo de uva que escolhamos. Quer saber mais? Então continue lendo o artigo e descubra!
Tanto as uvas roxas quanto as verdes dispõem de grandes benefícios, mas cada uma delas nos ajuda de maneira diferente, em determinada área, e conhecer tais especificidades sem dúvida é importante.
Caso você tenha a oportunidade de consumir uvas em cada uma de suas temporadas, não deixe de fazê-lo. Vejamos o porquê.
Benefícios das uvas roxas
A uva roxa era um manjar muito utilizado e apreciado pelos gregos e romanos. Elas são deliciosamente doces e nutritivas, e possuem propriedades muito especiais, as quais te apresentaremos a seguir:
Previnem o câncer: sua atrativa cor roxa nos diz de antemão que possuem uma grande dose de antioxidantes, uma quantidade fantástica de radicais livres ao quais devemos somar compostos fenólicos, excelentes para lutar contra o câncer.
Previnem doenças cardiovasculares: seus componentes, tais como os antocianos, taninos e flavonoides, são ideais para cuidar de nosso coração. Sua ação vasodilatadora evita que sedimentos se acumulem em nossas artérias, prevenindo problemas tais como a arteriosclerose.
Evitam a prisão de ventre: as uvas roxas contêm uma dose muito característica de fibras, que atuam como laxantes sempre que as consumimos, incluindo suas cascas e sementes.
Protegem nosso estômago: para melhorar a digestão, basta consumir suco natural de uvas. O que em alguns países chamam de “mosto”.
Evitam infecções: as uvas roxas têm fortes propriedades antivirais e antibacterianas, são excelentes para limpar nosso sangue e nossos órgãos.
Ácido fólico: nutricionistas aconselham mulheres grávidas a consumirem uvas roxas nos primeiros meses de gravidez, pois elas favorecem a divisão celular e a correta gestação do feto nas primeiras semanas.
Como observação importante, cabe destacar que devido ao seu alto teor de açúcares, não é conveniente que pessoas diabéticas consumam este tipo de uva.
Benefícios das uvas verdes
Uma das vantagens dessa variedade é a facilidade de encontrá-la durante todo o ano. O preço é acessível, o que faz com que seja mais fácil consumi-la com mais frequência.
Além disso, dessa variedade colhemos os seguintes benefícios:
Contêm pouquíssima gordura: as uvas verdes contêm menos açúcar do que as roxas, são ricas em carboidratos e apresentam um sabor mais ácido.
Não contêm colesterol e nem sódio: são perfeitas para o bom funcionamento de nossos rins, de nosso fígado e intestinos. Dispõem de uma alta quantidade de potássio e são perfeitas para dietas.
São ricas em minerais: principalmente o ferro e o potássio. Graças a isso, podem ajudar na reconstituição de muitos dos tecidos de nosso organismo, melhorando o funcionamento do coração, estimulando a produção de células vermelhas, que ajudam na circulação de oxigênio no corpo.
Previnem o câncer de cólon, próstata e o Alzheimer: todos estes benefícios estão relacionados às substâncias que conhecemos como Resveratrol e catequinas, que são potentes antioxidantes em nosso corpo, que, segundo muitos estudos, potencializam o poder do corpo em prevenir certas doenças.
Cuidam de nossos ossos: graças às vitaminas K e B1, as uvas verdes nos permitem manter a saúde de nossos ossos em perfeito estado por muito mais tempo.
O ideal é consumi-las diariamente. Escolha a que te parecer mais benéfica, roxa ou verde, ou a que seja mais fácil de adquirir. É conveniente comer um cacho por dia, ou um copo de suco recém preparado depois do almoço.
Lembre-se que se incluirmos a casca e as sementes será melhor para combater a prisão de ventre, mas na hora de fazer o suco podemos excluir estas partes. A longo prazo será possível notar os efeitos da fruta em nossa saúde, experimente!
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