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sábado, 2 de abril de 2016

Pindaíba - Dugetia lanceolata


 

Classificação científica

Reino:                      Plantae

Divisão:                   Magnoliophyta

Classe:                     Magnoliopsida

Ordem:                   Magnoliales

Família:                   Annonaceae

Género:                   Duguetia

Espécie:                   D. lanceolata

Nome binomial       Duguetia lanceolata

Pindaíba (Duguetia lanceolata St. Hil.; Annonaceae) é uma árvore frutífera brasileira, nativa da Mata Atlântica (nas florestas ombrófila densa e estacional semidecidual), nas matas ciliares e paludosas, e no cerrado.

Espécie não-pioneira, de dispersão zoocórica, ocorre nos estados de Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul.

Sinonímia popular: cortiça ou pindaubuna

Está na lista oficial das espécies ameaçadas do Estado de São Paulo e é considerada como criticamente em perigo no Rio Grande do Sul.

Pindaúva vem do tupi-guarani e significa “arvore dos caniços ou varas” referindo-se a brotações quer surgem na base do caule das quais eram usados pelos índios para fazer suas casas. Também é chamada de Pindaiva, Pindaíba, Pindauva, Perovana.

Floresta semidecidua (que perdem as folhas numa época do ano) do interior do Brasil desde o estado de Minas Gerais até o Rio grande do Sul.

Arvore esbelta e elegante que cresce até 15 ou 20 metros na mata e seu fuste ou tronco é reto e tem casca de cor marrom-acinzentada e chega a medir 40 cm a 60 cm de diâmetro.

As folhas são simples, glabras (sem pelos), esbranquiçadas e escamosas na face inferior; lanceoladas (com forma de lança), com margem lisa e textura cartácea (como papel cartolina), medem de 2,5 cm a 3 cm de largura e 6 cm a 12 cm de comprimento.

A lamina foliar tem cor verde-amarelada quando jovem e verde escura quando se torna mais velha, estas têm perfume aromático que poderia ser explorado pela indústria.

As flores são hermafroditas, dispostas em curtos racemos (pequenos cachos com 2 ou 3 botões), são hemiciclicas, ou seja, os segmentos ou pétalas se prendem num mesmo nó ou estão distribuídas em espiral.

Dotadas de bractéolas (pequenas laminas de proteção) amplexicaules (que abraça o caule) abaixo do cálice. O cálice (invólucro externo) é solto com 3 sépalas livres e a corola (invólucro interno) tem 5 ou 6 pétalas glabras (sem pelos) de cor rosa ou avermelhada.

Os frutos são sincarpios (conjunto de segmentos ou gomos) distribuídos como raios a partir dum eixo central, medem até 8 cm de diâmetro, tem casca com laivos (veios ou reentrâncias) amarelo ferrugíneos quando começam a amadurecer.

Planta de lento crescimento, de clima subtropical, mais que pode adaptar-se a climas mais quentes. É muito resiste a secas e a geadas de até – 3 graus.

Pode ser cultivada em todo o Brasil, em qualquer altitude; adapta-se a solos vermelhos de drenagem rápida ou argilosos e ricos em matéria orgânica. A planta inicia a frutificação com 6 a 8 anos de cultivo.

Sementes são dormentes se forem secas, conservando o poder germinativo por mais de 1 ano. Recomendo que as sementes sejam semeadas em jardineiras contendo o substrato rico em matéria orgânica, deixando em estufa onde mantenha umidade e calor.

Dessa forma as sementes germinam em 40 a 90 dias. Quando as plântulas estiverem com 2 a 4 folhas devem ser transplantadas para sacos individuais contendo substrato feito de 50% de matéria orgânica e 50% de terra vermelha.

Formar as mudas na sombra; assim vão atingir 30 cm com cerca de 12 a 15 meses. As mudas no campo crescem 30 cm por ano nos primeiros 2 anos após o plantio, depois crescem mais rapidamente.

Pode ser plantada a pleno sol ou em reflorestamentos mistos para aproveitamento da madeira ou dos frutos que alimentam diversos pássaros.

No pomar planta-se num espaçamento de 6 x 6 m, em covas de 50 cm nas três dimensões; adicionando aos 30 cm da superfície 6 kg de matéria orgânica bem curtida, 1 kg de cinzas, 300 g de calcário, misturar tudo e deixar curtir por 2 meses.

O plantio deve ser feito a partir de outubro. Irrigar com 15 l de água por semana nos primeiros 3 meses se não chover. Convém cobrir a superfície da terra com capim seco ou serragem para manter a umidade.

Fazer apenas podas de formação da copa e eliminar apenas as brotações na base do caule da muda a partir do 3 ano. A adubação até o terceiro ano dever ser apenas com 500 g de composto orgânico bem curtido distribuído superficialmente.

A partir do 3 ano adubar com 4 kg de cama de frango bem curtida + 50 g de N-P-K 10-10-10 dobrando essa quantia a cada ano até o 7ª ano.

Frutifica nos meses de fevereiro a abril. Os frutos têm arilo esbranquiçado que envolve as sementes, tem sabor delicado e suave que lembra um pouco o gosto de banana e cenoura e são consumidos in natura. A arvore não deve faltar em projetos de reflorestamentos.


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