Classificação científica
Reino:Plantae
Divisão:Magnoliophyta
Classe:Magnoliopsida
Ordem:Lamiales
Família:Oleaceae
Género:Olea
Espécie:O. europaea
Nome binomial Olea europea
A oliveira (nome científico Olea europaea L.) é uma árvore da família oleáceas da oliveira vem o azeite e as azeitonas. Tem pouca altura e tronco retorcido, sendo nativas da parte oriental do mar Mediterrâneo, bem como do Norte do atual Irã no extremo sul do mar Cáspio.
A árvore e seus frutos dão seu nome à família de plantas que também incluem espécies como o lilás e o jasmim. Seu nome do latim "oliva", que por sua vez vem do grego ἐλαία ("eléa"), em última análise a partir de grego micênico e-ra-wa ("elaiva") ou "óleo".
De seus frutos, as azeitonas, os homens no final do período neolítico aprenderam a extrair o azeite. Este óleo era empregado como unguento, combustível ou na alimentação, e por todas estas utilidades, tornou-se uma árvore venerada por diversos povos.
A Civilização Minoica, que floresceu na Ilha de Creta até 1500 a.C., prosperou com o comércio do azeite de oliva, que primeiro aprendeu a cultivar.
Já os gregos, que possivelmente herdaram as técnicas de cultivo da oliveira dos minoicos, associavam a árvore à força e à vida. A oliveira é também citada na Bíblia em várias passagens, tanto a árvore como seus frutos.
Há de se fazer nota ainda sobre a longevidade das oliveiras. Estima-se que algumas das oliveiras presentes em Israel nos dias atuais devam ter mais de 2500 anos de idade.
Em Santa Iria de Azóia, Portugal, existe uma oliveira com 2850 anos.
Na Grécia antiga já se falava das oliveiras. Conta-se que durante as disputas pelas terras onde hoje se encontra a cidade de Atenas, Posidão teria, com um golpe de seu tridente, feito surgir um belo e forte cavalo.
A deusa Palas Atenas, teria então trazido uma oliveira capaz de produzir óleo para iluminar a noite e suavizar a dor dos feridos, fornecendo alimento rico em sabor e energia.
Do outro lado do Mediterrâneo, os italianos contam que Rômulo e Remo, descendentes dos deuses fundadores de Roma viram a luz do dia pela primeira vez sob os galhos de uma oliveira.
O fato concreto é que vestígios fossilizados de oliveiras são encontrados na Itália, no Norte da África, em pinturas nas rochas das montanhas do Saara Central, com idade de seis mil a sete mil anos, entre o quinto e segundo milênio a.C. Múmias da XX Dinastia do Egito foram encontradas vestidas com granalhas trançadas de oliveira e em Creta, registros foram encontrados em relevos e relíquias da época minoica (2.500 a.C.).
Os estudiosos de história concluem que o azeite, óleo advindo das oliveiras, faz parte da alimentação humana há muito tempo. Concluem que a oliveira é originada do sul do Cáucaso, das planícies altas do Irã e do litoral mediterrâneo da Síria e Palestina, expandindo posteriormente para o restante do Mediterrâneo.
Raiz
As raízes poderosas e compridas da Oliveira podem chegar a uma profundidade de seis metros, através do qual têm sempre a possibilidade de obter água para o seu desenvolvimento. A sua raiz é subterrânea e fasciculada.
Tronco
A madeira de crescimento lento da árvore é rica, com anéis cinzento-esverdeados e curtos. A árvore (dependendo da variedade) chega aos 20 metros de altura. As árvores selvagens são mais baixas que as plantadas.
As oliveiras em olivais são podadas para se manterem pequenas de forma a que a colheita das azeitonas seja facilitada. A oliveira necessita de muito tempo para crescer, mas, no entanto, pode viver muitas centenas de anos.
Os exemplares mais antigos que se conhecem na Europa e possivelmente no mundo encontram-se em Portugal: uma oliveira no Algarve, perto da cidade de Tavira, tem mais de 2000 anos e julga-se que foram os fenícios que a teriam trazido da Mesopotâmia.
As outras, vindas do Alqueva, remontam a 300 anos a.C. uma outra oliveira milenária em Santa Iria de Azóia, Loures com idade estimada em 2850 anos.
Está certificada e pode ser visitada com muita facilidade, pois fica dentro dum pequeno quintal junto à estrada. Perto da localidade montenegrina de Barse existe também uma oliveira com cerca de 2000 anos e em Trevi, Itália, há uma oliveira com cerca de 1700 anos, tal como um exemplar em Getsemani, Israel.
Folha
A oliveira é uma planta de folha persistente, o que significa que nunca perde totalmente a sua folha; em vez disso, as folhas mais velhas vão caindo ao longo do ano.
As folhas pequenas, simples e luzidias são verde acinzentadas na frente e de um cinzento prateado e brilhante por trás. Estas são estreitas, pontiagudas e simples.
Na parte de trás têm pequenos pelos, que protegem a árvore da desidratação recapturando a água e conduzindo-a de novo para a folha.
A folha depois de seca pode ser utilizada para chá, sendo rica em nutrientes como: potássio, magnésio, manganês, fósforo, selênio, cobre e zinco.
Apresentam uma alta concentração de ácidos graxos, fibra alimentar, proteínas, minerais, agentes bioflavonóides e antioxidantes.
Dependendo da área em que se encontram, as oliveiras florescem entre o fim de Abril e o princípio de Junho em cada inflorescência encontram-se entre 10 e 40 flores.
As flores brancas ou amarelas são hermafroditas, mas podem, no entanto, ser funcionalmente monossexuadas. A flor compõe-se de 4 sépalas e 3 pétalas crescidas.
Sendo sujeita a falta de água ou de nutrientes cerca de 6 semanas antes da flor, a colheita é reduzida uma vez que o número de flores é reduzido e estas não produzirão fruto.
A maioria das espécies polinizam-se a si próprias, apesar da polinização à distância produzir rendimentos maiores. Outros tipos exigem a polinização à distância e necessitam do pólen de um exemplar diferente. As flores são polinizadas pelo vento.
Fruto
A partir da flor forma-se depois da polinização o fruto: a azeitona. É um fruto com caroço revestido de polpa mole. A cor da azeitona antes de estar madura é o verde e depois de estar madura torna-se preta ou violeta-acastanhada.
A árvore atinge o ponto de produção óptimo com cerca de vinte anos. A composição média de uma azeitona é água (50%), azeite (22%), carboidratos (19%), celulose (fibras) (5,8%) e proteínas (1,6%).
O Chá das folhas de Oliveira possui grandes quantidades de potássio, magnésio, manganês, fósforo, selênio, cobre e zinco, considerado 300% mais poderoso que o chá verde.
Possui também ação antioxidante e está indicada em afecções cardiovasculares, hipertensões moderadas, na prevenção de arteriosclerose e possui efeito diurético.
Possui uma reconhecida ação hipotensora além de ser hipoglicemiante, antisséptico e antibiótico, antipirético, simpaticolítico e diurético.
O chá também é utilizado no alivio do cansaço, a fadiga e o estresse, prisão de ventre, e auxilia no fortalecimento dos cabelos e unhas e sobre a pele, diminuindo marcas de expressão.
Preparo do chá
É possível encontrar as folhas da oliveira em casas de produtos naturais.
Em uma panela (não usar de alumínio) adicione um litro de água. Quando a água alcançar fervura desligue e adicione 03 colheres (sopa) das folhas. Tampe e deixe a solução abafada por cerca de 10 – 15 minutos. Em seguida é só coar e beber de 3 a 4 xícaras ao dia.
Não se deve adoçar esse chá, mas pode acrescentar folhas de hortelã ou cascas de abacaxi para dar uma valorizada no sabor. Faça o chá a cada dia, não se deve deixar para beber a infusão do dia anterior.
Advertências
Assim como qualquer tratamento natural, se consultar com um médico é muito importante, pois algumas pessoas podem ser alérgicas a certas substâncias contidas no produto natural. Gestantes e lactantes devem evitar o consumo, assim como menores de 12 anos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário