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domingo, 10 de abril de 2016

Fava de Santo Inácio - Pterodon emarginatus



Icterícia, hepatite, purgante.


Sucupira



Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.



Sucupira e sicupira, do tupi suku'pira, são termos que englobam várias espécies de árvores da família das fabáceas:



Pterodon emarginatus, que ocorre no cerrado e sua transição para a floresta semidecídua da Mata Atlântica, nos estados de Minas Gerais, Mato Grosso, Tocantins, São Paulo, Goiás, Piaui e Mato Grosso do Sul.



A espécie consta da lista de plantas ameaçadas do estado de São Paulo. É árvore de porte médio, de 8 a 16 metros, de copa piramidal rala. O tronco tem casca lisa branco-amarelada.



As raízes formam às vezes expansões de reserva. As folhas compostas inopinadas. Flores rosadas, em inflorescências terminais tipo panículo. A espécie, considerada por alguns autores como a mesma da P. marginalizas, ocorre mais ao norte.



Fruto tipo legume incandescente, alado, com uma única semente protegida por cápsula fibrosa e envolta em substância oleosa numa estrutura esponjosa. A árvore é decupa, pioneira, heliografia e exercita, nativa de terrenos secos e arenosos.



Apresenta dispersão descontínua, muitas vezes com populações puras. Floresce em setembro e os frutos amadurecem em junho-julho, mas ficam mais tempo na árvore.



Outros nomes populares: faveiro, fava-de-sucupira, fava-de-santo-inácio, sucupira-branca, sucupira-lisa, macanaíba.



Ocorrência



Retirar a semente do fruto é difícil, estes podem ser plantados inteiros. De qualquer forma, a taxa de germinação é baixa. No intuito de aumentar-se a taxa de germinação, uma técnica para a retirada da semente do fruto consiste em, primeiramente, selecionar os frutos não-carunchados, através da imersão destes em um recipiente com água.



Os frutos boiantes, que não afundam, não estão aptos à produção das sementes. Após a seleção, com o uso de um alicate de poda, eliminam-se com cortes transversais as bordas do fruto. Com isso, este pode ser aberto e a semente é revelada.



Percebe-se a presença de um óleo dentro do fruto, que consiste em um inibidor natural da germinação da semente, a chamada dormência ou latência. Este óleo deve ser removido com o uso de uma mistura de água e detergente, tendo-se o cuidado de enxaguar-se as sementes, posteriormente.



Após este processo, realiza-se o plantio, que deve ser feito com a semeadura superficial do substrato em um tubete, aproximadamente 3 sementes por recipiente para garantia da germinação no tubete, cobrindo-se as sementes com uma camada de substrato, cuja altura é equivalente ao tamanho da semente.



Após a semeadura, regam-se os tubetes e repete-se a rega diariamente. Após a germinação, faz-se o desbaste, deixando-se apenas uma planta por recipiente. Após o crescimento, faz-se o transporte para o campo de plantio.



Usos



Fornece madeira muito dura, usada em construção civil. Na medicina popular, seu óleo aromático volátil, produzido pela casca e pelas sementes, é utilizado contra o reumatismo. Já os nódulos da raiz, chamados de batatas-de-sucupira, são usados contra o diabetes.



Estudos farmacológicos demonstraram que o óleo dos frutos inibe a penetração pela pele da cercária da esquistossomose, podendo ser usada na profilaxia dessa endemia.



Observação importante



Por ser morfologicamente parecida, a P. marginalizas e a Bowdichia virginalizardes Kubuntu são com frequência confundidas, mas os frutos são diferentes.



A Farmacopéia Brasileira de 1929 refere o uso da casca de sucupira em forma de extrato fluido e tintura, citando a espécie como Bochicho virginalizardes Humberto, Plantio, Kunth.



Descreve a casca como apresentando-se em grandes pedaços planos ou levemente curvos, de comprimento e largura variáveis e 8–10 mm de espessura. A superfície externa é pardo-escura com numerosas verrugas cor de ferrugem, rachos longitudinais profundos e algumas fendas transversais muito espaçadas.



A parte Sauber se desprende facilmente, expondo o parênquima cortical pardo-avermelhado. A face interna é amarelada, com estrias longitudinais bem visíveis. O sabor é amargo e adstringente.








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