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segunda-feira, 18 de abril de 2016

Espinheira-santa – Maytenus ilicifolia


Muito usada na medicina popular, a planta, que já era utilizada pelos índios há muito tempo, tem esse nome por causa de suas folhas, que tem pontas, lembrando espinhos e por ser considerada um “santo remédio”!

A espinheira-santa (Maytenus ilicifolia Mart. ex Reissek, Celastraceae) também é chamada por outros nomes: cancorosa, cancerosa, cancorosa-de-sete-espinhos, coromilho-do-campo, erva-cancerosa, cangorça, espinho-de-Deus, limãozinho, espinheira-divina, marteno, pau-josé, maiteno, salva-vidas e sombra-de-touro.

É uma árvore de porte pequeno, chega aos cinco metros de altura, ramificada e produz pequenos frutos vermelhos. Tem fácil adaptação a solos mais úmidos, pode se desenvolver entre outras árvores, como o interior de bosques não muito densos ou a pleno sol. É ótima escolha para ações de conservação e uso sustentável.

Costumam ser utilizadas as folhas, as cascas e as raízes da espinheira-santa no preparo de chás medicinais, infusões que tanto podem ser usadas interna quanto externamente, para tratamentos cicatrizantes de pele.

Os índios brasileiros sempre utilizavam a espinheira-santa para combater tumores e daí veio um dos seus nomes populares: erva-cancerosa. Na medicina popular, esta planta é indicada para dezenas de enfermidades, especialmente do aparelho digestivo.

Atualmente, após inúmeros estudos que comprovaram seus benefícios à saúde, a espinheira-santa passou a ser manipulada pela indústria farmacêutica na formulação de medicamentos.

• Combate úlcera de estômago;

• Gastrite;

• Males do aparelho digestivo;

• Trata tumores;

• Anticonceptivo;

• Antisséptico;

• Antiespasmódico;

• Diurético (acaba com a retenção de líquidos, o que ajuda a emagrecer);

• Antiasmático;

• Antitumoral;

• Laxativo;

• Ajuda a combater o vício do álcool;

• Enfermidades do fígado;

• Reduz a produção de leite nas lactantes;

• Trata a hidropisia pelo abuso do álcool;

• Abortivo.

• Cicatrizante.

O consumo desta planta é proibido às gestantes, pois pode provocar contrações uterinas e até mesmo aborto. Lactantes também não devem utilizar a planta, já que reduz a produção de leite.

Sem dúvida, a principal propriedade terapêutica da espinheira-santa está relacionada à atividade antiulcerogênica, isto é, usada no tratamento de úlceras gástricas e pépticas.

Foi confirmado que tanto os taninos, principalmente a epigalocatequina, quanto os óleos essenciais, em especial o fridenelol, presentes nas folhas, são responsáveis por parte dos efeitos gastroprotetores.

O mecanismo de ação destes compostos está relacionado à diminuição da secreção de ácido clorídrico pelas células do estômago e ainda à atividade antimicrobiana sobre Helicobacter pylori, uma bactéria do trato gastrointestinal responsável pela formação de úlceras e inflamações gástricas.

No mercado informal de plantas é fácil encontrar espinheira-santa à venda. No entanto, pode-se observar, principalmente nas feiras livres, que a espécie oferecida não é M. ilicifolia e sim Sorocea bonplandii (Baill.) W. C. Burger, Lanj. & Boer (Moraceae) ou Zollernia ilicifolia Vogel (Leguminosae), duas das espécies mais utilizadas na adulteração da espinheira-santa.

Os estudos científicos a respeito destas duas plantas ainda são escassos e pesquisas adicionais são necessárias a fim de confirmar suas propriedades medicinais corretas.

Portanto, é importante sempre buscar chás de fornecedores confiáveis ou fitoterápicos registrados na ANVISA, os quais contém em sua composição folhas de M. ilicifolia, a verdadeira espinheira-santa.

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