Cólicas, calmante leve, aumenta o leite
materno.
Classificação científica
Reino: Plantae
Divisão: Magnoliophyta
Classe: Magnoliopsida
Ordem: Apiales
Família: Apiaceae
Género: Anethum
Espécie: A. graveolens
Nome binomial Anethum
graveolens
O endro (Anethum graveolens), também conhecido
por aneto ou dill, é uma planta anual da família das Apiáceas (a que pertencem
também a salsa e a cenoura), originária da região entre o Cáucaso e o Crescente
Fértil.
Por essa razão, é usada tradicionalmente no
Médio Oriente, na Europa de Leste e foi introduzida na Escandinávia e na Europa
ocidental, principalmente como uma erva aromática, sendo utilizadas tanto as
folhas como as sementes.
Para além de ser usado na culinária, o endro
era usado como planta medicinal pelos egípcios e gregos, durante a antiguidade.
Também teve significado religioso, sendo utilizado pelos antigos hebreus para
pagar o dízimo, e chamado “erva-de-deus” pelos arménios.
O endro é uma planta herbácea anual, aromática,
de caules ocos, que mede 30 a 45 cm de altura, mas, excepcionalmente, pode
atingir mais de um metro, principalmente se se deixar florescer.
As folhas são formadas por um grande número de
filamentos, como se fossem penas de aves; o conjunto dos caules e folhas tem
cor verde-azulada.
Por vezes, confunde-se com o funcho ou
erva-doce (não confundir com anis, embora as três espécies sejam aparentadas),
mas normalmente tem tamanhos menores, além de possuir uma raiz aprumada,
enquanto o funcho a tem fasciculada e com a base dos caules na forma dum
pseudobolbo.
As flores, pequenas e amarelas, nascem em
grandes umbelas (donde o antigo nome vulgar da família, as “umbelíferas”). Os
frutos formam-se em grupos de dois aquénios unidos, cada um com cinco nervuras,
duas das quais mais largas que as restantes, dando ao fruto uma forma achatada.
Na Escandinávia, o endro fresco é
extensivamente utilizado para temperar a marinar vários peixes e mariscos (por
exemplo, arenque e salmão, principalmente na forma de “gravad lax”), assim como
em vários molhos.
Na Europa de Leste, o endro é usado para
temperar saladas, principalmente a base de couve, sendo também usual no borsch.
É ainda adicionado, fresco ou seco, a conservas de fermentação láctica (em
salmoura, e não em vinagre), nomeadamente de pepino, couve, tomate e melancia.
Também melhora os molhos à base de nata azeda ou iogurte.
Por essa razão, várias sopas frias, como
tarator da Bulgária e okroshka da Rússia são tradicionalmente temperadas com
esta erva. Na Grécia, temperam-se as dolma com endro e na Turquia e Irão é
usado em guisados de favas, lentilhas e outros pratos.
Mas a forma como o endro é mais conhecido no
Ocidente é nos picles de pepino, chamados por isso “dill pickles”. As sementes,
que têm um vago odor a anis, são utilizadas tanto nas marinadas, conservas e
vinagre, como no fabrico de pão e bolos. Na Índia, existe uma variedade que é
cultivada para aproveitar as sementes que são utilizadas em misturas de caril e
masala.
Para além desses usos tradicionais, o endro
pode ainda ser usado para aromatizar queijos, molhos, manteiga, grelhados,
risotos, saladas, em especial a salada de batata, e patês.
Princípios ativos e uso medicinal
Como qualquer erva aromática, o endro tem
propriedades digestivas, sendo tradicionalmente usado especificamente para
combater as cólicas e a hiperacidez.
Planta aromática, muito usada como condimento,
o endro é muito bom para casos de cólicas e intestino irritável.
Descrição: Planta da família das Apiaceae,
também conhecida como aneto, anega, dill, funcho-bastardo.
O endro é uma planta anual que cresce até
aproximadamente 30 centímetros, num caule único e macio.
As sementes contêm um óleo rico em limoneno e
carvone.
Parte utilizada: Folhas, flores, sementes.
Princípios Ativos: Óleo essencial (3-4%):
anetol, carveol, carvona, cariofileno, limonina, felandrina, eugenol;
terpineno; di-hidro-carvoneno; liminina; miristicina; cumarinas: escopoletina,
esculetina, bergapteno, umbeliferona. Flavonoides: derivados do kenferol.
Ácidos fenólicos: cafeico; clorogênico: ácidos graxos (10-20%); fitoesterois:
b-sitosterol.
Propriedades medicinais: Antidiarreica,
antiemética, antiespasmódica, anti-inflamatória, antisséptica, aperiente,
aromática, carminativa, depurativa, digestiva, diurética, dispepsia,
estimulante, estomáquica, galactagoga, hipnótica, laxante, resolutiva,
supurativo.
Indicações: Aerofagia, ânsia de vômito,
aumentar o leite das mães, cólica intestinal em recém-nascidos, em dietas sem
sal (rico em sais minerais), digestão, dismenorreia, dispepsia, dor de dente,
espasmos gastrointestinais, flatulências, fígado, furúnculo, gases, hiperacidez
estomacal, insônia, inflamação dos olhos, limpeza e desinfecção de feridas,
queimaduras e úlceras dérmicas, meteorismo, resfriado, soluços.
Contraindicações/cuidados: Contraindicado o uso
interno de óleo essencial durante a gravidez, lactância, para menores de seis
anos e pessoas com gastrite, úlcera gastroduodenal, síndrome de intestino
irritável, colite ulcerosa, enfermidade de Crohn, hepatopatia, epilepsia, mal
de Parkinson e outras enfermidades neurológicas. O óleo essencial pode causar
fitofotodermatite (furanocumarinas). Em doses elevadas é convulsivante.
Nenhum comentário:
Postar um comentário