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sexta-feira, 8 de abril de 2016

Chia - Salvia hispânica





Classificação científica
Reino   Plantae
Divisão Magnoliophyta
Classe  Magnoliopsida
Ordem  Lamiales
Família Lamiaceae
Género Salvia
Espécie            S. hispanica

Nome binomial Salvia hispanica

A Salvia hispanica, popularmente conhecida como chia ou sementes de chia, é uma planta herbácea da família das lamiáceas (assim como a linho e a sálvia), nativa da Guatemala e das regiões central e austral mexicanas e Colômbia.

Há evidência de que os astecas cultivavam o vegetal em tempos pré-colombianos presente no Códice Mendoza, datado do século XVI, documento no qual também se mencionava sua relevância agrícola à época.

Mais conhecida por sua semente, a qual é comercializada integralmente, moída ou em forma de óleo, a chia também é dona de folhas que podem ser aproveitadas para infusões.

Ambos derivados, independente da forma, são tidos como ricas fontes de minerais, aminoácidos essenciais e ômega 3.

É frequentemente enaltecido seu potencial em prevenir doenças cardiovasculares, diabetes e até tumores, além do de auxiliar na perda de peso.

A palavra chia deriva da palavra do nahuatl chian, que significa "oleoso". Diz-se que o estado mexicano de Chiapas pode ter sido nomeado também a partir da língua náuatle, significando "água de chia" ou "rio de chia".

É uma das duas plantas conhecidas como chia, sendo a outra Salvia columbariae, esta também denominada chia dourada.

A semente da chia possui formato oval e "diâmetro" de aproximadamente 2 mm. É visivelmente a principal parte da planta nos âmbitos comercial e gastronômico.

A semente da chia é, por vezes, considerada um alimento funcional dadas suas características compositivas. Seu efeito mucilaginoso (o de absorver e reter quantidade significativa de água, como um emulsificante), devido à alta concentração de fibras, torna a chia interessante para quem busca emagrecer, posto que pode intensificar a sensação de saciedade.

É possível escrutinar a importância nutricional da semente de chia com a seguinte lista:

Ômega 3: A semente da chia é uma das mais ricas fontes conhecidas (tanto entre as vegetais quanto entre as animais) do ácido alfalinolênico, um dos ácidos graxos classificados como ômega 3.

Cálcio: cinco vezes a concentração do mineral encontrada no leite de vaca.

Magnésio: 100 gramas da semente de chia pode conter o mesmo que 200g do mineral presente em nozes ou 1,6 kg de brócolis, por si só considerados alimentos ricos no nutriente.

Manganês e fósforo: 100 gramas de chia contêm 108% do manganês e 95% do fósforo demandados por um adulto numa dieta de 2.000 quilocalorias/dia.

Proteínas: 15% da composição da chia é proteica, sendo seus aminoácidos, em conjunto, formadores de alto valor biológico. Apenas 28 gramas da semente fornecem 9% da proteína que um adulto demanda, em média.

Fibras: a alta concentração de fibras alimentares (38 gramas a cada 100) faz da chia um aliado do emagrecimento e na boa digestão.

Antioxidantes: a presença do flavonoide kaempferol e, em menor quantidade, os ácidos cafeico e clorogênico presentes provêm à chia efeito antioxidante comparável ao que apresenta o Trolox, antioxidante comercial da Hoffmann–La Roche.

A semente de chia, quando utilizada de maneira integral, pode ter diversos usos culinários. Agindo quase como emulsificante, torna líquidos mais próximos de um gel e dá "liga" a massas.

Receitas que podem incluir a semente de chia são pudins, pães, tortas, quiches, mousses, cremes, patês, risotos, farofa, saladas de frutas, sumos e vitaminas.

Controvérsia sobre emagrecimento

Em estudo realizado por membros da Appalachian State University, situada nos EUA, 90 pessoas acima do peso (IMC ≥ 25), entre 20 e 70 anos e saudáveis, foram submetidas ora a placebo, ora a ingestão de duas doses diárias compostas por 25 gramas de sementes de chia, adicionadas a 250 ml de água e agitadas, uma antes do café da manhã e, a outra, do jantar.

O placebo era nutricionalmente equivalente, salvo as quantidades de ácidos polinsaturados e de fibra alimentar. A seleção do grupo controle, aleatória.

O intervalo da pesquisa foi de 12 semanas (aproximadamente 3 meses, precisamente 84 dias que totalizaram 4,2 kg do grão em questão) e somente 14 dos 90 indivíduos participantes não seguiram à risca as exigências dos cientistas.

A conclusão foi que não houve diferença significante entre as duas amostras, tanto em questão de peso quanto em composição corpórea, além da manutenção dos níveis de pressão sanguínea e de proteína c-reativa, entre outros fatores por vezes considerados suscetíveis à ingestão regular de chia.

Informação Nutricional

Quantidade por 100 gramas

Calorias 486

Gorduras Totais 31 g   

Gorduras saturadas 3,3 g        

Gorduras Poli-insaturadas 24 g

Gorduras Monoinsaturadas 2,3 g         

Gorduras Trans 0,1 g   

Colesterol 0 mg           

Sódio 16 mg   

Potássio 407 mg         

Carboidratos 42 g        

Fibra alimentar 34 g     

Proteínas 17 g 

Vitamina A        54 IU    Vitamina C        1,6 mg

Cálcio   631 mg Ferro    7,7 mg

Vitamina B12    0 µg     Magnésio         335 mg

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