Classificação científica
Reino Plantae
Divisão Magnoliophyta
Classe Magnoliopsida
Ordem Lamiales
Família Lamiaceae
Género Salvia
Espécie S.
hispanica
Nome binomial Salvia
hispanica
A Salvia hispanica, popularmente conhecida como
chia ou sementes de chia, é uma planta herbácea da família das lamiáceas (assim
como a linho e a sálvia), nativa da Guatemala e das regiões central e austral
mexicanas e Colômbia.
Há evidência de que os astecas cultivavam o
vegetal em tempos pré-colombianos presente no Códice Mendoza, datado do século
XVI, documento no qual também se mencionava sua relevância agrícola à época.
Mais conhecida por sua semente, a qual é
comercializada integralmente, moída ou em forma de óleo, a chia também é dona
de folhas que podem ser aproveitadas para infusões.
Ambos derivados, independente da forma, são
tidos como ricas fontes de minerais, aminoácidos essenciais e ômega 3.
É frequentemente enaltecido seu potencial em
prevenir doenças cardiovasculares, diabetes e até tumores, além do de auxiliar
na perda de peso.
A palavra chia deriva da palavra do nahuatl
chian, que significa "oleoso". Diz-se que o estado mexicano de
Chiapas pode ter sido nomeado também a partir da língua náuatle, significando
"água de chia" ou "rio de chia".
É uma das duas plantas conhecidas como chia,
sendo a outra Salvia columbariae, esta também denominada chia dourada.
A semente da chia possui formato oval e
"diâmetro" de aproximadamente 2 mm. É visivelmente a principal parte
da planta nos âmbitos comercial e gastronômico.
A semente da chia é, por vezes, considerada um
alimento funcional dadas suas características compositivas. Seu efeito
mucilaginoso (o de absorver e reter quantidade significativa de água, como um
emulsificante), devido à alta concentração de fibras, torna a chia interessante
para quem busca emagrecer, posto que pode intensificar a sensação de saciedade.
É possível escrutinar a importância nutricional
da semente de chia com a seguinte lista:
Ômega 3: A semente da
chia é uma das mais ricas fontes conhecidas (tanto entre as vegetais quanto
entre as animais) do ácido alfalinolênico, um dos ácidos graxos classificados
como ômega 3.
Cálcio: cinco vezes a
concentração do mineral encontrada no leite de vaca.
Magnésio: 100 gramas da
semente de chia pode conter o mesmo que 200g do mineral presente em nozes ou
1,6 kg de brócolis, por si só considerados alimentos ricos no nutriente.
Manganês e fósforo: 100
gramas de chia contêm 108% do manganês e 95% do fósforo demandados por um
adulto numa dieta de 2.000 quilocalorias/dia.
Proteínas: 15% da
composição da chia é proteica, sendo seus aminoácidos, em conjunto, formadores
de alto valor biológico. Apenas 28 gramas da semente fornecem 9% da proteína
que um adulto demanda, em média.
Fibras: a alta
concentração de fibras alimentares (38 gramas a cada 100) faz da chia um aliado
do emagrecimento e na boa digestão.
Antioxidantes: a
presença do flavonoide kaempferol e, em menor quantidade, os ácidos cafeico e
clorogênico presentes provêm à chia efeito antioxidante comparável ao que
apresenta o Trolox, antioxidante comercial da Hoffmann–La Roche.
A semente de chia, quando utilizada de maneira
integral, pode ter diversos usos culinários. Agindo quase como emulsificante,
torna líquidos mais próximos de um gel e dá "liga" a massas.
Receitas que podem incluir a semente de chia
são pudins, pães, tortas, quiches, mousses, cremes, patês, risotos, farofa,
saladas de frutas, sumos e vitaminas.
Controvérsia sobre emagrecimento
Em estudo realizado por membros da Appalachian
State University, situada nos EUA, 90 pessoas acima do peso (IMC ≥ 25), entre
20 e 70 anos e saudáveis, foram submetidas ora a placebo, ora a ingestão de
duas doses diárias compostas por 25 gramas de sementes de chia, adicionadas a
250 ml de água e agitadas, uma antes do café da manhã e, a outra, do jantar.
O placebo era nutricionalmente equivalente,
salvo as quantidades de ácidos polinsaturados e de fibra alimentar. A seleção
do grupo controle, aleatória.
O intervalo da pesquisa foi de 12 semanas
(aproximadamente 3 meses, precisamente 84 dias que totalizaram 4,2 kg do grão
em questão) e somente 14 dos 90 indivíduos participantes não seguiram à risca
as exigências dos cientistas.
A conclusão foi que não houve diferença
significante entre as duas amostras, tanto em questão de peso quanto em
composição corpórea, além da manutenção dos níveis de pressão sanguínea e de
proteína c-reativa, entre outros fatores por vezes considerados suscetíveis à
ingestão regular de chia.
Informação Nutricional
Quantidade por 100 gramas
Calorias 486
Gorduras Totais 31 g
Gorduras saturadas 3,3 g
Gorduras Poli-insaturadas 24 g
Gorduras Monoinsaturadas 2,3 g
Gorduras Trans 0,1 g
Colesterol 0 mg
Sódio 16 mg
Potássio 407 mg
Carboidratos 42 g
Fibra alimentar 34 g
Proteínas 17 g
Vitamina A 54
IU Vitamina C 1,6 mg
Cálcio 631
mg Ferro 7,7
mg
Vitamina B12 0
µg Magnésio 335 mg
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