QUEM SOMOS!

terça-feira, 12 de abril de 2016

Aveia - Avena sativa



Mais conhecida como alimento, a aveia é uma importante planta medicinal, com efeitos positivos no sistema nervoso. Boa fonte de vitamina B e de vitamina E, é absorvida devagar pela corrente sanguínea, tem um baixo teor de glicose e favorece o equilíbrio dos níveis de açúcar no sangue.

Descrição: Planta da família das família Poaceae, também conhecida como aveia cultivada. Herbácea cujo caule atinge de 50 cm à 1,50 metros de altura.

Folhas longas formadas por uma bainha que envolve o caule. As inflorescências aparecem na ponta do caule e se ramificam irregularmente, apresentando espigas pendentes.

Os frutos são oblongos, afilados nas extremidades, ricos em amido de grãos compostos e simples. Sua semeadura, geralmente, deve ocorrer no outono e no fim do inverno.

Deve ser ceifada quando a planta estiver seca e separados os grãos da palha, por meio da debulha. Para obter o leite natural da aveia, o fruto deve ser colhido antes de a planta secar.

Parte utilizada: Parte aérea, sementes.

Modo de Conservar: Os frutos podem ser utilizados ainda verdes ou secos ao ar livre e guardados em sacos de papel ou pano.

Origem: Supõe-se que seja nativa das regiões orientais da Europa e ocidentais da Ásia, é conhecida no mundo todo.

Princípios Ativos: Ácidos avênicos A e B, ácido pantotênico, ácido salicílico, albuminas, amido, apigenina, avenacosídeos A e B, carboidratos, carotenos, enzimas, fibras, glicídios, gluconinas, isoorientina, lipídios, maltose, niacina, óleos fixos (fonte de vitamina E), proteínas, sais minerais (sódio, fósforo, cálcio, ferro), vitamina B1 e B2, vitexina.

Propriedades medicinais: Ansiolítica, antidepressiva, anti-hemorroidais, antirreumática, antidiabética, aperiente, calmante, cicatrizante, digestiva, diurética, emoliente, expectorante, hepatoprotetora, hipotensora, laxante, nutritiva, refrescante, remineralizante, tônico reconstituinte nervoso, vitaminizante.

Indicações: Acalmar dores reumáticas, aumentar a lactação, ciática, cólica, dar brilho ao cabelos; convalescentes de doenças graves, de operações e de diarreia violentas; desinflamar as mucosas e deter diarreia; dores de garganta e do tórax, diabete, eczema, esclerose, estimular o apetite, estimular a energia física e psíquica e a capacidade de concentração; evitar o cansaço e reduzir a necessidade de sono; facilitar a digestão e regular os intestinos; fadiga nervosa, frieiras, gota, gripe, hipertensão, impigens; insônia, nervosismo, perturbações hepáticas, prevenir a cárie dentária, queda de cabelo, reduzir a atividade tiroidiana, reduzir colesterol, rouquidão, tosse.

Problemas nervosos - A aveia pode melhorar a resistência nervosa e combater um estado depressivo. O seu uso tradicional atribui uma ação antidepressiva às sementes secas e à planta fresca, podendo ambas ser úteis quando a falta de ânimo está associada a ansiedade e esgotamento nervoso, sobretudo na menopausa.

A planta fresca é tonificante para fragilidades nervosas e pode melhorar o sono agitado devido ao cansaço. A aveia também ajuda quando se deixa o tabaco ou as drogas.

Eczema: Com as sementes secas, faz-se uma decocção para aliviar eczemas. Ponha as sementes num saco de musselina na banheira — a ação emoliente e calmante das sementes alivia a comichão e nutre a pele.

Efeitos colaterais: O farelo de aveia aumenta o volume fecal. O aumento da frequência da evacuação pode conduzir à irritação perineal. Pode produzir gases, provocando distensão abdominal e flatulência.

O consumo adequado de fluidos é recomendado para garantir hidratação e dispersão das fibras no trato gastrointestinal. Dermatite de contato provocada pela farinha da aveia também foi relatada.

Um estudo foi publicado associando anafilaxia recorrente, induzida por exercício e com risco de vida, com grãos contendo a proteína gliadina, incluindo a aveia. O papel da aveia na dieta de pacientes com doença celíaca é controversial.

A aveia possui uma proporção menor de proteínas imunogênicas de armazenamento do que o trigo, a cevada e o centeio, e as proteínas derivadas da aveia são digeridas mais facilmente pelas proteases no intestino.

Mais além, as prolinas encontradas na aveia, as aveninas, também são digeridas mais facilmente pelas proteases do intestino. Esta facilidade conduz à degradação rápida de peptídios potencialmente prejudiciais à saúde, que também podem ajudar a impedir a iniciação de uma resposta imunológica contra a aveia no intestino delgado.

Um estudo em longo prazo de pacientes adultos com doença celíaca não mostrou nenhum efeito significativo na morfologia do virus do duodeno, na infiltração de células inflamatórias na mucosa duodenal, ou nos títulos sorológicos após 5 anos.

O consumo de aveia diário ideal era 50 a 70 g. Similarmente, um estudo sobre o uso da aveia em crianças com doença celíaca recentemente diagnosticada, mostrou que a ingestão de quantidades moderadas de aveia não preveniu a cicatrização da mucosa intestinal ou uma redução da imunidade humoral.

Entretanto, uma atrofia dos virus, induzida pela aveia, já foi relatada em pacientes com doença celíaca. Cinco pacientes mostraram níveis positivos do interferon gama-mRna após o uso da aveia. Um paciente desenvolveu uma atrofia parcial do virus e uma reação de irritação local (rash) durante o estudo.

Subsequentemente, os sintomas desapareceram quando a paciente manteve uma dieta livre de aveia, mas desenvolveu uma atrofia subtotal do vilos e uma dermatite dramática durante unia tentativa do uso da aveia. Estudos sugerem que a aveia é segura para pacientes com dermatite herpetiforme. Estes estudos são confirmados pela evidência imunológica disponível.

Interação medicamentosa: Em 2 pacientes com hipercolesterolememía, a ingestão concomitante de 50 a 100g de farelo de aveia e 80mg de lovastatina conduziu a um aumento do colesterol LDL comparado com o uso da lovastatina sozinha.

Acredita-se que uma reação similar pode ocorrer com o uso concomitante de outros inibidores da enzima HMG-CoA redutase (estatinas) e da aveia.

Nenhum comentário:

Postar um comentário