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quarta-feira, 6 de abril de 2016

Angico - Anadenanthera colubrina


 

Angico é a designação comum a várias árvores dos gêneros Piptadenia, Parapiptadenia e Anadenanthera da sub-família Mimosoideae. Elas são nativas da América tropical, principalmente do Brasil e também são exploradas e/ou cultivadas devido à boa qualidade da sua madeira.

Há indícios de que essas plantas (principalmente as do gênero Anadenanthera) possuíram presença marcante na esfera religiosa de várias tribos indígenas da América do Sul e leste do Caribe.

Uma das possíveis explicações para esse fato é a presença de alcalóides psicoativos, dentre os quais a bufotenina (5-OH-DMT) em quantidades que variam de 1 a 12% da massa das sementes e o N,N-DMT e 5-MeO-DMT em quantidades menores.

Planta da família das fabaceae, também conhecida como acácia angico, acácia virgem, angico bravo, angico de casca, angico fava, arapiraca, Cambuí, corupa é paricá.

Os Angicos vermelho e branco são plantas da mesma família botânica e do mesmo gênero, variando apenas a espécie, porém são alvo de muitas confusões.

Árvore de caule inerme, um pouco menor que o Angico-branco, até 12 m de altura, de madeira castanha avermelhada.

Ramos cilíndricosa-angulosos e folhas compostas, bipinadas, 3 a 6 jugas com grossa glândula no pecíolo, 10 a 12 pares de folíolos postos.

Flores amarelo-esverdeadas pequenas, dispostas em espigas axilares de 3 a 5 cm de comprimento.

O fruto é uma vagem coriácea muito achatada, de até 16cm de comprimento com muitas sementes pequenas, comprimidas e membranosas.

A goma de Angico, popular entre caboclos, é extraída através de incisões superficiais das cascas, deixa-se correr a goma que é posteriormente secada ao sol.

Partes utilizadas : casca e goma

Habitat: Caatinga, ocorrendo em outras áreas esparsas de São Paulo ao Pará.

De uso corrente pela população cabocla, embora sejam plantas tóxicas, cujo uso envolve riscos. Tradicionalmente, ambas as plantas são usadas alternando-se as indicações.

É comum, entre raizeiros e mateiros, dizer-se que "Angico é tudo igual, serve para a mesma coisa..."

Princípios ativos:

Casca: taninos ; Corantes; Resinas; Mucilagens;

Goma: Oxidase; Galactana, arabana, Açúcares: angicose, arabinose; Mucilagens;

Indicações e utilização: fraqueza orgânica, falta de apetite, raquitismo; afecções pulmonares: tosses, catarro, bronquites, asma, coqueluche, faringite, tuberculose; contusões, cortes, úlceras; diarreias e disenterias; úlceras, leucorreias, feridas, escrófulas, hemorragias, metrorragias.

Uso pediátrico: contraindicação absoluta.

Contraindicações

Gravidez, lactação, crianças e idosos. Em diarreia crônica.

Precauções: Em pessoas com intestinos sensíveis.

Efeitos colaterais: Plantas tóxicas para o homem e para o gado. Sementes e folhas secas são alucinógenas. O uso pode provocar escoriações no septo nasal e nas mucosas da boca.

Farmacologia: É comprovado cientificamente que a bufotemina possui propriedades alucinógenas.

A quantidade de taninos presentes, assim como mucilagens e saponinas, provavelmente são as justificativas de seu uso.


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