Angico é a designação comum a várias árvores dos gêneros
Piptadenia, Parapiptadenia e Anadenanthera da sub-família Mimosoideae. Elas são
nativas da América tropical, principalmente do Brasil e também são exploradas
e/ou cultivadas devido à boa qualidade da sua madeira.
Há indícios de que essas plantas (principalmente as do
gênero Anadenanthera) possuíram presença marcante na esfera religiosa de várias
tribos indígenas da América do Sul e leste do Caribe.
Uma das possíveis explicações para esse fato é a presença de
alcalóides psicoativos, dentre os quais a bufotenina (5-OH-DMT) em quantidades
que variam de 1 a 12% da massa das sementes e o N,N-DMT e 5-MeO-DMT em
quantidades menores.
Planta da família das fabaceae, também conhecida como acácia
angico, acácia virgem, angico bravo, angico de casca, angico fava, arapiraca,
Cambuí, corupa é paricá.
Os Angicos vermelho e branco são plantas da mesma família
botânica e do mesmo gênero, variando apenas a espécie, porém são alvo de muitas
confusões.
Árvore de caule inerme, um pouco menor que o Angico-branco,
até 12 m de altura, de madeira castanha avermelhada.
Ramos cilíndricosa-angulosos e folhas compostas, bipinadas,
3 a 6 jugas com grossa glândula no pecíolo, 10 a 12 pares de folíolos postos.
Flores amarelo-esverdeadas pequenas, dispostas em espigas
axilares de 3 a 5 cm de comprimento.
O fruto é uma vagem coriácea muito achatada, de até 16cm de
comprimento com muitas sementes pequenas, comprimidas e membranosas.
A goma de Angico, popular entre caboclos, é extraída através
de incisões superficiais das cascas, deixa-se correr a goma que é posteriormente
secada ao sol.
Partes utilizadas : casca e goma
Habitat: Caatinga, ocorrendo em outras áreas esparsas de São
Paulo ao Pará.
De uso corrente pela população cabocla, embora sejam plantas
tóxicas, cujo uso envolve riscos. Tradicionalmente, ambas as plantas são usadas
alternando-se as indicações.
É comum, entre raizeiros e mateiros, dizer-se que
"Angico é tudo igual, serve para a mesma coisa..."
Princípios ativos:
Casca: taninos ; Corantes; Resinas; Mucilagens;
Goma: Oxidase; Galactana, arabana, Açúcares: angicose,
arabinose; Mucilagens;
Indicações e utilização: fraqueza orgânica, falta de apetite,
raquitismo; afecções pulmonares: tosses, catarro, bronquites, asma, coqueluche,
faringite, tuberculose; contusões, cortes, úlceras; diarreias e disenterias;
úlceras, leucorreias, feridas, escrófulas, hemorragias, metrorragias.
Uso pediátrico: contraindicação absoluta.
Contraindicações
Gravidez, lactação, crianças e idosos. Em diarreia crônica.
Precauções: Em pessoas com intestinos sensíveis.
Efeitos colaterais: Plantas tóxicas para o homem e para o
gado. Sementes e folhas secas são alucinógenas. O uso pode provocar escoriações
no septo nasal e nas mucosas da boca.
Farmacologia: É comprovado cientificamente que a bufotemina
possui propriedades alucinógenas.
A quantidade de taninos presentes, assim como mucilagens e
saponinas, provavelmente são as justificativas de seu uso.
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