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Família: Mirtáceas
Origem: Brasil
Porte: Atinge de 2 m a 10 m de
altura
Floração: Primavera, Verão
Propagação: Sementes.
Luminosidade: sol pleno.
Regas: Regulares, sempre que o
solo estiver seco
Solo: ácido
Muito comum no Brasil indo desde
Minas gerais até o Rio Grande do Sul. A Pitangueira possui mais de 15 espécies
diferentes. É uma árvore medianamente rústica, seu tronco é liso na cor
bege-acinzentado com estrias que se formam na sua constante renovação da casca.
A copa é globosa de folhagem densa e perene de cor verde escura e folhas
pequenas, lustrosas e aromáticas. Possuem flores brancas que surgem na
primavera até o verão. Seus frutos começam a vingar com maior quantidade a
partir do sexto ano de vida. O bonsai de Pitangueira tem um potencial incrível
devido suas tonalidades de cores e o aspecto de seu tronco. A palavra “pitanga”
vem do tupi-guarani pï’tana, que significa “vermelho” (a cor mais comum deste
fruto). O fruto é também conhecido como Brazilian cherry ou Surinam cherry.
Solo – O solo
para Pitangueira precisa ser poroso para uma boa drenagem, deve conter também
matéria orgânica (casca de pinheiro ralada é excelente) Atenção: Toda a matéria
orgânica deverá ter passado por um período de curtição por no mínimo 180 dias,
ou poderão danificar as raízes da árvore bem como a formação de gases tóxicos
no solo prejudicará a planta. Uma boa composição do solo para o plantio de
nosso bonsai de é a combinação de: 15% de areia grossa ou pedrisco 3 mm (calcária)
+ 50% de matéria orgânica + 30% caquinhos de cerâmicas 3 a 5 mm (tijolos
/telhas) + 5% carvão. Todos os componentes do solo deverão estar secos e
peneirados para a retirada de partículas muito miúdas e do pó antes de ser
usado. Deve ser plantada em vaso profundo. Essa mistura é para cidades de clima
quente. Caso você more em locais mais frios use uma mistura com menos matéria
orgânica e mais cacos de cerâmica.
Rega – Como
geralmente ocorre com a maioria dos Bonsais de frutíferas, a Pitangueira é uma
árvore com consumo elevado de água. No verão deve-se regar a Pitangueira
diariamente e se for preciso mais de uma vez ao dia com o objetivo de deixar
sua terra sempre úmida. Em épocas mais frias, as regas deveram ser efetuadas
somente quando a terra estiver seca na superfície do vaso. O excesso de água em
época fria pode causar o aparecimento de fungos e estes podem ocasionar a morte
de nosso Bonsai. Deve-se fazer pulverização diariamente em toda sua copa.
Alguns são contra esta pratica por motivos que eles consideram validos, não os
critico. Se eles estão tendo sucesso assim que continuem, no meu caso tenho
tido excelentes resultados usando esta pratica sem qualquer outro problema,
apenas tome cuidado de não pulverizar a árvore quando ela estiver florida para
que não se percam as flores.
Adubação –
Durante o período de forte crescimento, devemos fazer uma adubação menos
distanciada. Alguns adubos podem ser usados semanalmente outros a cada mês
outros a cada 3 ou 9 meses escolha o que melhor lhe convier. Os adubos mais
indicados para quem possui uma grande quantidade de árvores são os orgânicos e
ricos em Fósforo (P), podendo ser adubos líquidos por via foliar ou sólidos
postos na terra.
Uma mistura orgânica que produz resultados excelentes é:
Torta de Algodão ou Mamona 50%
mais Farinha de osso 50% colocada na borda do vaso a cada trinta dias na
proporção de uma colher de sopa rasa para vasos com 20 a 22 cm de comprimento
(vasos menores ou maiores deverão receber quantidade proporcional ao seu
tamanho). Caso sua planta ainda esteja em formação e ainda não está em vaso
para bonsai, pode se colocar esta mistura diretamente no solo, entretanto se o
seu bonsai já está envasado, coloque a mistura em um potinho perfurado e
enterrado no solo para que a mistura não se espalhe e com o tempo torne o
substrato do vaso compactado – retire o potinho com a mistura a cada 2 meses).
Lembrando sempre que devemos fazer no mínimo uma vez por ano uma adubação com
micronutriente (Ca {Cálcio}, Mg {Magnésio}, S {Enxofre}, B {Boro}, Cl, Cu, Co,
Fe…).
A Pitangueira não deve ser
adubada um mês antes mês de seu transplante. Melhor época para iniciar a
adubação é a primavera. Nunca adube plantas doentes ou recém transplantadas. Em
meses muito quentes não adube.
As mirtáceas guardam energia que podem
provocar brotações após terem suas raízes podadas, estas brotações não são
sinais que as suas raízes estejam crescendo em baixo no solo, e que esteja tudo
bem com a planta. Tome muito cuidado com isso e aprenda a identificar este tipo
de crescimento, pois se você usar adubos para incentivar o crescimento destes
novos ramos poderá matar sua árvore.
Poda – A poda
da Pitangueira deve ser feita usando uma tesoura afiada.
Pode encurtando os novos rebentos
com 6-8 pares de folhas para deixá-los com 1-2 pares. Podam-se todos os ramos
que saem de zonas indesejáveis devendo procurar alcançar o estilo desejado.
Podas mais drástica deverão ser efetuados no final do inverno, início da
primavera. A Pitangueira brota na madeira velha suportando muito bem podas
drásticas renovando-se logo depois com uma brotação intensa.
A Pitangueira pode ser desfolhada
no verão o que ocasionará um tom avermelhado em sua copa e a diminuição das
folhas. Isso, porém só deverá ser efetuada em plantas sadias. Use sempre
tesouras e alicates de podas bem amoladas para que os cortes sejam limpos.
Mantenha sua ferramenta sempre limpa para que não transmita alguma doença
através da poda. Não economize quando for comprar suas ferramentas, as melhores
são geralmente mais caras.
Transplante – Quando efetuarmos a troca de Solo deverá podar no máximo 35 % das
raízes. Deve-se providenciar a troca de terra da Pitangueira anualmente ou a
cada dois anos, fazendo isso normalmente no início da primavera quando a árvore
inicia sua brotação intensa. Nunca adube plantas doentes ou recém
transplantadas. Evite lavar as raízes da pitangueira se for necessário para se
retirar a porção de solo ruim que veio com a muda, faça cortes no solo como
fatias de pizza até bem próximo do tronco faça isso a cada ano até que toda
terra ruim seja retirada.
Não se esqueça de pôr uma tela
plástica nos furos do vaso. Para a firme sustentação da árvore e mantê-la
assentada no vaso, passe arames ou barbante – que apodrecerá com o tempo – se
optar pelo arame corte-os tão logo perceba que a árvore está com ótimo
desenvolvimento. Se desejar poderá fazer uso de enraizadores
para adiantar o processo de estabelecimento da árvore.
Comece a adubação cerca de 40 a
50 dias após o transplante quando os primeiros brotos estiverem crescendo, use
metade do adubo que normalmente se usaria. Mantenha a árvore na sombra até que
comecem a aparecer os primeiros brotos após o que vá aumentando aos poucos sua
exposição ao sol.
Aramagem – A
aramagem é uma técnica usada que visa: Corrigir o posicionamento dos ramos,
conduzindo-os para a posição desejada. O tempo de permanência dos arames nos
ramos vai depender do tipo de árvore e do seu crescimento: Em média deixa-se o
arame por seis meses verificando sempre se este não está produzindo marcas no
tronco. Se os arames estiverem penetrando na casca tire-os imediatamente.
Deve-se evitar o uso de arames de cobre. Use arames encapados ou proteja o
tronco do contato com ele. Tencionar os ramos tem sido uma técnica muito usada
para alcançar a forma desejada, tencione o galho cuidadosamente, quando sentir
que não é possível dobrar mais o galho pare.
Se for preciso tencionar mais o
galho para que chegue a posição desejada, espere mais seis meses ou um ano até
que a planta esteja restabelecida do primeiro movimento para tencioná-lo
novamente. Na Pitangueira o arame usado deverá ser encapado ou deveremos fazer
uma proteção no tronco para que não fiquem marcas.
Melhor época para
aramação: Final do Verão, mas poderá ser efetuada em outras estações.
A grossura do arame dependerá da
força necessária para se vergar o ramo. Mas uma vez vou lembrar, na pitangueira
devem-se proteger os ramos do contato direto com o arame. Para retirar o arame
corte-os com um alicate próprio para isso.
Árvores com troncos lisos como os
das Pitangueiras devem estar livres de marcas, portanto podas efetuadas com
ferramentas de excelente qualidade proporcionarão uma cicatrização rápida e
perfeita.
Propagação – Os
métodos mais usados são: a enxertia; a semente; no verão, o alporque.
O melhor modo de se propagar a
Pitangueira é utilizando suas sementes que germinam relativamente fácil. A
enxertia é uma técnica mais difícil e requer certa habilidade do Bonsaísta. Não
sendo usada no cultivo do bonsai na Pitangueira por deixar marca permanente no
tronco. O alporque pode ser usado produzindo como resultado uma planta mais
madura que pode ir direto para o vaso. É um método muito usado por grandes
bonsaístas experientes.
Dicas – Antes de fazer a aramagem
suspenda as regas, isso fará os galhos ficarem mais flexíveis facilitando a
torção do mesmo.
– Caso surjam fungos
esses podem ser tratados com a moderação na rega, e a retirada com uma
escova e fungicida.
– Para deixar mais flexível o fio
de cobre aqueça-o no fogo antes de usá-lo.
– Desfolhe a pitangueira no
início de janeiro e ela brotará com uma folhagem menor.
– Uma adubação rica em fósforo
iniciada no final do inverno indo até outubro, induzirá a pitangueira a dar frutos
no verão.
– Se tiver dúvidas de como
aplicar os métodos a cima busque a orientação de bonsaístas experientes.
Ambiente – A
Pitangueira é uma planta de exterior. Adora o sol. No verão é preciso
protegê-la do sol mais intenso para não correr o risco de ter a copa da árvore
danificada pelo calor. A Pitangueira ama a luz devendo ser colocada em lugares
onde o sol incida diretamente sobre as folhas o maior número de horas possível.
A exposição da Pitangueira ao sol é indispensável para sua floração e a frutificação
e diminuição das folhas bem como seus entrenós.
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