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sexta-feira, 8 de abril de 2016

Carvalho - Quercus coccifera



Classificação científica
Reino   Plantae
Divisão Magnoliophyta
Classe  Magnoliopsida
Ordem  Fagales
Família Fagaceae
Género Quercus

Carvalho é a designação comum das cerca de seiscentas espécies de árvores do género Quercus da família Fagaceae e de outros géneros relacionados, nomeadamente Lithocarpus.

O género é nativo do hemisfério norte e inclui tanto espécies caducas como perenes que se estendem desde latitudes altas até à Ásia tropical e a América. Em geral, as espécies de folha caduca distribuem-se mais para o norte e as de folha persistente para o sul. Os frutos do carvalho

A madeira do carvalho sempre foi muito utilizada pelo homem na construção civil, na construção de barcos, na confecção de barris para armazenar, transportar e amadurecer vinho, uísque, rum e outras bebidas alcoólicas e como lenha.

Os barris de carvalho, além de permitir uma eficiente armazenagem de bebidas, também melhoram sensivelmente a qualidade das mesmas. Também costumam ser utilizados pequenos pedaços de carvalho (chips) para conferir um sabor especial aos vinhos, quando estão em fase de preparo e maturação.

As bolotas do carvalho têm um sabor que varia entre o doce e o amargo, dependendo da espécie de carvalho. Os carvalhos brancos geralmente têm bolotas mais doces que os carvalhos vermelhos.

O amargo é devido à presença de ácidos tânicos, o que torna as bolotas tóxicas para cavalos, bois, cabras e ovelhas. Os ácidos podem ser removidos através de um período de molho das bolotas na água, seguido de cozimento.

No caso das bolotas doces, elas podem ser consumidas diretamente, cruas ou assadas. As bolotas podem ser utilizadas na fabricação de farinha, a qual pode ser utilizada para se fabricar pão ou macarrão.

Também podem ser utilizadas para se fazerem doces. Podem ser consumidas cozidas, como ingrediente de sopas. As bolotas de carvalho foram usadas tradicionalmente na alimentação humana na Europa, nas Coreias, no Japão e entre os índios da América do Norte, porém seu uso diminuiu nos últimos séculos devido à concorrência de alimentos estrangeiros.

Os bosques de carvalho são tradicionalmente local de alimentação de porcos, os quais comem as bolotas caídas no chão sem que isso lhes cause problema algum.

Esta prática é chamada na Inglaterra de pannage. Normalmente, essa prática ocorre no outono, quando as bolotas estão maduras, o que impede que os outros animais se intoxiquem com o consumo das bolotas nos pastos.

A alimentação dos porcos com bolotas de carvalho é um ingrediente importante na confecção do famoso presunto espanhol presunto espanhol pata negra.

Os ácidos tânicos removidos das bolotas são utilizados na indústria do couro para curtir o mesmo, ou seja, para torná-lo mais resistente. Das bolotas, também pode ser extraído um óleo de massagem.

O valor nutricional das bolotas varia conforme a espécie de carvalho, porém sempre apresentam alto conteúdo de proteínas, carboidratos, gorduras, cálcio, fósforo, potássio e niacina.

De uma espécie de carvalho, o sobreiro (Quercus suber), pode ser extraída a cortiça que é utilizada principalmente na confecção de rolhas. A cortiça é a casca do sobreiro, que, após ser retirada, se recompõe naturalmente.

As florestas de carvalho na Itália, França e Croácia são locais tradicionais de coleta de trufas. As trufas são fungos comestíveis que crescem nas raízes dos carvalhos e que alcançam altos preços no mercado gastronômico.

Elas costumam ser localizadas por cães ou porcos que possuem um olfato apurado suficiente para localizá-las a altas profundidades sob o solo.

O carvalho é uma árvore milenar. Esta expressão se refere a diversas centenas de espécies do gênero denominado Quercus, pertencentes à família Fagaceae, e engloba ainda outras classes análogas, conhecidas como Lithocarpus.

Esta árvore é procedente do hemisfério norte; aí são encontrados tanto espécimes ancestrais e já enfraquecidos, quanto os de natureza perpétua.

Este gênero está localizado não só nas elevadas latitudes, mas também na área tropical asiática e na América. Normalmente as espécies mais decadentes se agrupam no Norte, enquanto as que detêm folhagem perene estão situadas ao sul. O carvalho produz frutos que são denominados bolotas ou landes.

Algumas subdivisões mais conhecidas são Carvalho-vermelho; Carvalho-vermelho-americano; Carvalho-japonês; Carvalho-negral; Azinheira; Carvalho-português ou lusitano, entre outros. Nem sempre é fácil catalogar as variadas classes integradas por esta árvore, pois elas constituem constantemente entre si os famosos híbridos.

Geralmente o carvalho se transforma em ferramenta para botânicos e geólogos em suas medições dos infortúnios provocados pela natureza no meio ambiente.

Ou seja, nesta árvore eles podem encontrar os sinais das tempestades que se abateram sobre a paisagem na qual ela está localizada, pois este espécime é o que mais padece com os efeitos das chuvas fortes.

Por incrível que pareça, quanto mais ele se sujeita às intempéries, mais fortalecido ele sai delas, pois suas raízes se arraigam ao solo a cada tempestade, seu tronco se revigora, e a possibilidade de ele ser extraído do solo pelos temporais diminui drasticamente, até se tornar nula.

O carvalho se embebe de todas as consequências dos temporais e, assim, adquirem um aspecto desproporcional, exatamente como um ser que tivesse realizado um grande esforço ao longo de sua constituição. Chega mesmo a parecer entristecido.

Por esta razão o carvalho é constante fonte de referência para os espiritualistas, pois com seu papel na Natureza acaba se transformando em metáfora de resistência, resignação, submissão diante dos desígnios divinos, uma vez que, a cada assédio das forças naturais ele não se revolta, nem desanima, mas procura triunfar sobre os obstáculos que o perseguem insistentemente. E assim conserva-se sólido e concreto nas florestas e bosques nos quais habita.

Entre os celtas ele também assume uma performance essencial, atuando como divindade incessantemente cultuada pelos druidas, que constituíam a classe sacerdotal desta raça ariana que se disseminou pela Europa na Antiguidade.

Em um cenário repleto de florestas, coberto por uma vegetação densa que só aqui e ali permitia o aparecimento de algumas lacunas, denominadas clareiras, era de se esperar que as árvores detivessem um poder especial para este e outros povos.

O culto ao carvalho é encontrado tanto no sul da Europa quanto na área central do continente, nos bosques povoados por este espécime. Em comunhão com a Natureza, os druidas realizavam aí seus rituais, em templos construídos ao ar livre.

Nenhuma cerimônia religiosa tinha lugar sem o uso das folhas do carvalho, tal a sua importância para os celtas. E até hoje esta árvore preserva um significado especial para aqueles que cultivam sua espiritualidade.




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