A planta herbácea de origem
brasileira, Cana-de-macaco (Costus spicatus Sw., Costaceae), aparece mais nas
regiões brejeiras e tem várias propriedades benéficas para a saúde das pessoas.
Antigamente os caboclos a usavam
para dores, edemas e contusões. Ela é conhecida também como cana-do-brejo,
cana-branca, cana-do-mato, caatinga, pacová, etc.
Possui haste ereta, com até 2
metros de altura e de coloração verde-clara, suas folhas são espiraladas,
invaginantes e possui flores com cores diversas, em espiga terminal. Na
medicina natural, as partes da cana-de-macaco utilizadas são o colmo e as
folhas.
As partes aéreas da planta são
ricas em flavonoides glicosilados (por ex. tamarixetina 3-O-neo-hesperidosídeo,
canferídio 3-O-neo-hesperidosídeo e
quercetina 3-O-neo-hesperidosídeo).
Outras substâncias encontradas na
cana-de-macaco incluem: ácidos orgânicos, compostos fenólicos, mucilagens, pectina, óleo essencial, resinas,
sapogeninas, saponinas, β-sitosterol, substâncias albuminoides e taninos. Seu
cultivo deve ser feito em solos úmidos e ricos em material orgânico.
Na medicina popular, a
cana-de-macaco é indicada como:
Anti-inflamatória
dos rins e da bexiga
Anti-diabética
Anti-reumática
Calmante
das excitações nervosas e do coração
Depurativa
Aperitiva
Diurética
Tônica
Resolve
alguns casos de tumores
A cana-de-macaco é indicada
popularmente para diversas doenças e condições, tais como: Amenorréia,
arteriosclerose, problemas na bexiga, blenorragia, cálculo renal, cancro,
cistite, corrimentos gonocócicos, distúrbio menstrual, dor nas costas, dor
reumática, dores e dificuldade para urinar, gonorreia, hérnia, hidropisia,
inchaço, inflamações, insuficiência cardíaca, leucorréia, nefrite, reumatismo,
rins, sífilis, uretrite e ulceras.
Pesquisas científicas com
camundongos mostraram que o chá das folhas da cana-de-macaco não apresentou
efeito sobre a progressão do diabetes tipo 2, demonstrando que a planta não
possui efeito hipoglicemiante, contrariando as indicações populares.
Por outro lado, as propriedades
anti-inflamatória, analgésica e anti-herpética foram confirmadas em outros
estudos. Segundo os pesquisadores, a atividade anti-inflamatória é devida a
ação dos flavonoides glicosilados.
Estudos realizados com outra
espécie do mesmo gênero, Costus spiralis Roscoe, mostraram que a planta é capaz
de reduzir a formação de cálculos urinários (pedras nos rins) e ainda auxiliar
no tratamento de hipertensão arterial e hiperexcitabilidade cardíaca
(batimentos acelerados).
É contraindicada em casos de:
Gravidez e período de lactação, a
não ser que seja sob orientação médica.
Como fazer uso da planta
A planta pode ser usada de várias
formas. Não há uma receita específica, com quantidades exatas da planta a ser
usada. O importante é ter cuidado para não fazer um chá muito concentrado.
Segue abaixo algumas maneiras de utilizar a cana-de-macaco:
O chá das
partes áreas é indicado como diurético e para inflamações e dores.
Suco das
hastes é tônico, diaforético, emenagogo e depurativo.
Cataplasma
ou compressas com as partes aéreas
Blenorragia, cálculo renal,
cancro, catarro da cistite, contração, corrimentos gonocócicos, distúrbio
menstrual, doenças venéreas, dor nas costas, dor reumática, dores e dificuldade
de urinar, gonorreia, hérnia, hidropsia, inchaço, inflamação, inflamações da
uretra, leucorreia, mucosidade da bexiga, nefrite, rins, tornozelo
inchado, uretrite, úlcera, vias urinárias.
Partes utilizadas : Rizomas,
hastes e folhas frescas.
Princípios Ativos: Ácido oxálico,
ácidos orgânicos, matérias aromáticas, magnésio, mucilagens, pectina, óleo
essencial, resinas, sapogeninas, saponinas, sisterol, substâncias albuminoides,
taninos.
Propriedades medicinais:
Adstringente, antileucorreica, antimicrobiana, anti-inflamatório,
antissifilítica, antilítica, depurativo, diurético, diaforético, emenagoga,
emoliente, febrífugo, sudorífera, tônico.
Indicações: amenorreia,
arteriosclerose, bexiga, blenorragia, cálculo renal, cancro, catarro da
cistite, contração, corrimentos gonocócicos, distúrbio menstrual, doenças
venéreas, dor nas costas, dor reumática, dores e dificuldade de urinar,
gonorreia, hérnia, hidropsia, inchaço, inflamação, inflamações da uretra,
leucorreia, mucosidade da bexiga, nefrite, rins, tornozelo inchado, uretrite,
úlcera, vias urinárias.
Contraindicações/cuidados:
Durante a gravidez e lactação, só com orientação médica.
- Rizoma: diurético, diaforético,
emoliente, tônico, emenagogo, antissifilítica, antilítica;
- Suco das hastes: 5 gotas
diluída em 1 colher (chá) com água de 2 em 2 horas: doenças venéreas,
depurativo, tônico, diaforético, febrífugo, emenagogo;
- Decocção de 50 g de hastes ou
rizoma em 1 litro de água: leucorreia; - infusão de 20 g de folhas e hastes
novas em um litro de água, 4 a 5 xícaras por dia: dores nefríticas;
- Cataplasma com rizomas e/ou as
hastes, secos e transformados em pó: hérnia, inchaços e contrações;
- Unguento de folhas untadas com
sebo: contusões e inchaços; - infusão ou decocção das folhas: dores, cálculo
renais, dificuldades para urinar, blenorragia, leucorreia e febres.
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